22 nov, 2023 • Fátima Casanova
A “Operação Gota d’Água” é uma operação em larga escala, que a Policia Judiciária realizou nos distritos de Aveiro, Braga, Bragança, Coimbra, Guarda, Lisboa, Porto, Vila Real e Viseu.
Foram feitas 60 buscas domiciliárias e não domiciliárias, que visaram particulares, empresas e entidades públicas.
A atividade de um laboratório, do distrito de Bragança, que era responsável pela colheita e análise de águas destinadas a consumo humano.
Esse laboratório também procedia a análises de águas residuais, águas balneares, piscinas, captações, ribeiras, furos e poços.
Segundo a investigação, o laboratório, que era contratado por camaras municipais, ou entidades gestoras de água, procedia à falsificação de todos os procedimentos de amostragem e análises relativas ao controlo de águas em concluio com alguns funcionários, dirigentes e eleitos locais.
Sim, foi isso que aconteceu. Há, pelo menos, 20 detidos, que vão ser presentes a interrogatório judicial amanhã no Porto, para aplicação das medidas de coação.
Estes 20 detidos, são dirigentes e funcionários do laboratório, assim como, funcionários e alguns eleitos locais nas entidades gestoras das águas, nomeadamente câmaras ou empresas municipais.
São suspeitos da prática dos crimes de abuso de poder, falsidade informática, falsificação de documento agravado, associação criminosa, prevaricação, propagação de doença e falsificação de receituário.
Luís Policarpo foi eleito pela coligação PSD/CDS-P(...)
Não são conhecidas consequências.
A Águas do Interior Norte já garantiu que a água que distribui é de qualidade, apesar do laboratório, que lhe presta serviço ser agora alvo da investigação da Judiciaria.
Em comunicado, destaca que mais de 90% da água que distribui aos clientes é fornecida pela Águas do Norte, que cumpre todos os parâmetros de qualidade e segurança a que a legislação obriga.
Refere ainda que nunca foram detetadas inconformidades na qualidade da água…e que à aguas do interior norte já foi atribuído o selo de qualidade exemplar da água, por parte da entidade reguladora do setor.
Entretanto, ao longo desta tarde, várias autarquias de trás os montes já vieram garantir a boa qualidade da água que distribuem para consumo.
As explicações foram dadas em conferência de imprensa pelo coordenador de investigação criminal da Judiciaria de Vila Real.
Segundo António Trogano, o laboratório ao não efetuar a recolha de amostras de água ou quando adulterava a recolha ou falsificava os resultados tinha como objetivo obter ganhos económicos, por receber por um serviço que não realizava, e ao mesmo tempo corresponder ao pedido de clientes de entidades públicas ou privadas.
Na quinta-feira estes 20 detidos serão presentes a juiz para primeiro interrogatório