20 dez, 2023 • Hugo Monteiro
Já não estamos em pandemia mas, nas últimas horas, ficámos a saber que há uma nova variante da COVID-19 que está a aumentar os casos de infeção em Portugal.
É a variante JN.1. É altamente contagiosa e de acordo com os especialistas, será dominante dentro de muito pouco tempo dominante muito em breve.
Trata-se de uma sub-linhagem, descendente de uma outra mais antiga, a famosa variante Ómicron, que está a fazer disparar o número de casos de Covid19, não só em Portugal, mas também noutros países, como em França ou os Estados Unidos. Ainda assim, no caso português, o mais recente relatório da Direção-Geral de Saúde indica que o número de casos notificados estabilizou.
Não necessariamente. A Organização Mundial da Saúde já veio explicar que os riscos de saúde adicionais trazidos pela JN.1 são atualmente avaliados como sendo baixos.
No caso português, a subida do número de infeções provocadas por esta nova variante - a JN.1 - não é considerada muito preocupante, porque não está a ter impacto noutros indicadores, como o número de mortes.
No entanto, a OMS classifica esta a variante como “de interesse”, o que significa que desenvolveu algum tipo de características que fazem com que seja importante acompanhar, de forma atenta, a sua evolução e a forma como se propaga.
Por causa do Inverno e das outras doenças respiratórias que circulam, ou seja, o risco está na associação de uma doença, neste caso a Covid, que pode ter manifestações de doença respiratória com outras normais para esta altura do ano, como são a gripe, o vírus sincicial respiratório - responsável pelas bronquiolites e ainda a pneumonia infantil comum - doenças que estão em crescimento.
Ora, nomeadamente em Portugal, com os atuais constrangimentos nos serviços de urgência dos hospitais, o cenário pode ficar ainda mais complicado, nas próximas semanas, nas unidades de saúde.
Ajuda e continua a ajudar. Tendo em conta que a maior parte da população está imunizada contra a Covid-19 e que os grupos de risco estão vacinados, os especialistas acreditam que esta variante não deverá provocar doença grave. Ainda assim, pode ter algum impacto nas hospitalizações - num quadro de constrangimentos nas unidades de saúde, como já referi.
Portanto, e resumidamente, este é o primeiro ano em que há três vírus respiratórios a circular em simultâneo, o que pode tornar o Inverno - que chega dentro de dois dias - ainda mais complicado.