22 dez, 2023 • Hugo Monteiro
O tiroteio numa universidade no centro de Praga, na República Checa, fez várias vítimas mortais e feridos e é uma das notícias que marca a atualidade internacional nas últimas horas.
Desde logo que este é o incidente mais trágico em 30 anos, desde que a República Checa se tornou independente, em 1993, mas a pista de terrorismo está desde já afastada.
Este ataque fez 14 vítimas mortais e há ainda registo de 25 feridos. Destes, 10 encontram-se em estado considerado grave. Haverá seguramente novidades ao longo do dia, mas estamos naturalmente perante um grave episódio de violência.
Este tiroteio aconteceu na Faculdade de Letras de Praga, localizada perto de importantes locais turísticos da capital checa.
O atirador entrou no edifício armado, subiu ao quarto piso e foi a partir de ali que abriu fogo, atingindo vários colegas. Acabou por morrer depois de disparar sobre si próprio.
O agressor, David Kozak, tinha 24 anos. Estudava na Universidade de Praga. Em maio deste ano, ganhou um prémio por um trabalho para a licenciatura.
Tudo aparentemente normal. Só que a investigação a este massacre detetou várias publicações nas redes sociais, nas quais este estudante dava a entender que estaria a planear o ataque.
Era proprietário legal de várias armas e, de acordo com a imprensa local, sofria de problemas psicológicos. Terá querido imitar outros acontecimentos semelhantes ocorridos noutros países. E sabe-se também agora que o aluno estava a ser procurado no momento do ataque.
Porque, antes deste massacre, o jovem terá assassinado o pai. O corpo foi encontrado numa localidade a 30 quilómetros de Praga. Este homem de 24 anos é considerado principal suspeito da morte do pai.
As autoridades perceberam que se tinha dirigido para a universidade e, de acordo com o chefe da polícia, foi feita uma primeira busca num dos edifícios da Faculdade de Letras, mas o autor do tiroteio estava num outro edifício e a as autoridades não o encontraram a tempo - apesar da rápida e musculada intervenção policial.
Muito pouco comum. E sempre que acontece, remete-nos para situações que vimos, em Londres, Bruxelas, Madrid em ataques, esses sim, com inspiração terrorista. Não é foi esse o caso.
Seja como for, por cá, o Presidente da República enviou condolências ao homólogo checo, pelo que chamou de ataque hediondo.
O primeiro-ministro mostrou-se "profundamente chocado", enquanto o ministro dos Negócios Estrangeiros referiu-se a um "trágico e insensato ato de violência".
República Checa
O atirador, um jovem de 24 anos, foi encontrado mo(...)
As mensagens de condolências e de solidariedade também surgiram da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, do Presidente francês Emmanuel Macron e de muitos outros líderes europeus, incluindo o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.
Em Washington, o porta-voz da Casa Branca classificou este como um ato de violência sem sentido.
Este é um tema que vamos continuar a acompanhar aqui na informação da Renascença.