15 jan, 2024 • André Rodrigues
Nos últimos dias, tem sido notícia o caso de sarampo que deu entrada num hospital de Lisboa. Trata-se de um bebé de 20 meses, proveniente do Reino Unido.
Para já, sabemos que o bebé está estável e a evoluir favoravelmente. A criança poderá, mesmo, ter alta dentro de dias.
Trata-se de um bebé de 20 meses, internado com sarampo num hospital em Lisboa. A criança veio do Reino Unido, não reside em Portugal e não estava vacinada.
Aparentemente, não há qualquer risco ou suspeita de contágio resultante deste caso. Seja como for, nesta altura, a Direção-Geral de Saúde está a identificar as pessoas que tiveram contactos mais próximos com esta criança, para despistar eventuais sintomas.
Não é de excluir a possibilidade de surgirem novos casos, mas, à partida, com um alcance limitado.
Os primeiros sintomas são febre e mal-estar que, depois, evoluem para corrimento nasal, conjuntivite e tosse.
Três a cinco dias após o aparecimento dos primeiros sintomas, aparecem umas manchas avermelhadas que se espalham para o pescoço, tronco, braços, pernas e pés da criança.
Não há um tratamento específico para o sarampo e, na maior parte dos casos, a evolução é benigna. Isto tendo em conta que cerca de 85% da população mundial está vacinada.
O sarampo transmite-se através de um vírus. Nos casos mais complicados, pode ocorrer desidratação e infeções respiratórias que, no pior dos cenários, podem necessitar de tratamento com antibióticos.
Não, a vacinação contra o sarampo não é obrigatória, nem em Portugal, nem no Reino Unido, de onde veio esta criança. Contudo, no caso português, a vacinação é altamente recomendável e a taxa de cobertura está acima dos 95%.
Este fim-de-semana, falando sobre este caso, o ministro da Saúde voltou a apelar aos pais para que não hesitem em vacinar os filhos, até porque o sarampo faz parte do plano nacional de vacinação, logo a vacina é gratuita.
O sarampo é uma doença altamente contagiosa e uma das principais causas de morte em crianças não vacinadas.
Em Portugal, a doença foi erradicada em 2016. Mas há que manter a vigilância, sobretudo tendo em conta o aparecimento destes casos isolados.