15 mar, 2024 • Sérgio Costa
A Dinamarca vai introduzir o recrutamento obrigatório de mulheres para o serviço militar.
A decisão surge no contexto de um crescente cenário desfavorável na guerra na Ucrânia.
O Explicador Renascença refere o que está em causa.
O governo dinamarquês justifica a decisão com a necessidade de reforçar as Forças Armadas e resolver problemas de defesa nacional.
Importa dizer que o serviço militar na Dinamarca já é obrigatório para homens com mais de 18 anos, que reforçam um Exército que não é muito expressivo, cerca d 7000 a 9000 efetivos. Isto excluindo os recrutas em formação básica.
Agora, pretende-se que também as mulheres sejam obrigadas a cumprir serviço militar. Uma das justificações avançadas pelo governo de Copenhaga é também por uma questão de igualdade de género. O governo dinamarquês diz mesmo não ter dúvidas de que uma maior igualdade entre homens e mulheres criará uma defesa mais moderna e diversificada.
Sim, sobretudo com a constante ameaça russa.
Ainda esta semana, Vladimir Putin renovou a ameaça nuclear. Declarações que criam enorme incerteza quanto ao futuro.
Daí este sentimento cada vez mais forte na Europa de que é necessário reforçar o sector da defesa
Não. É já o terceiro país a adotar esta medida depois da Noruega e da Suécia.
No caso da Suécia, um país que acaba de entrar a NATO justamente neste quadro de maior instabilidade na Europa.
Na Alemanha essa possibilidade também está a ser estudada.
Como sabemos, neste momento não há serviço militar obrigatório e a possibilidade de regressar a essa modalidade, foi rejeitada num debate recente.
Contudo, recordo declarações Renascença, no início do mês, em que o ex-ministro António Vitorino disse que, no atual contexto de guerra na Ucrânia e de ameaça russa, o investimento europeu de Defesa terá que ser "muito superior" aos 1,5 mil milhões de euros.
Não sabemos de que forma este debate vai evoluir em Portugal
A 31 de dezembro passado eram pouco mais de 21 mil, de acordo com dados revelados pelos oficiais-generais do Grupo de Reflexão Estratégia Independente.
Está em mínimos históricos.