09 mai, 2024 • Fátima Casanova
O Governo anunciou esta quinta-feira três medidas que prometem aumentar os rendimentos de idosos mais desfavorecidos. Depois da reunião de Conselho de Ministros, Luís Montenegro anunciou que o aumento chegará a todos aqueles que, devido às novas regras, "passam a preencher o requisito do rendimento que não preenchiam antes".
O aumento do valor de referência do Complemento Solidário para Idosos é de 50 euros, subindo assim para 600 euros.
Esta é uma promessa feita em campanha pela Aliança Democrática, que definiu como meta a subida aos 820 euros até ao final da legislatura.
Este aumento de 50 euros começa a ser pago já no próximo mês, em junho. O Complemento Solidário para Idosos é pago a cada dia 8 juntamente com a pensão.
Em resposta à Renascença, o Ministério do Trabalho e Segurança Social esclarece que o aumento vai cair na conta dos idosos “nos primeiros 15 dias de junho”, não esclarecendo o dia em concreto.
Há uma mudança há muito reivindicada pelas associações que representam os pensionistas: a eliminação dos rendimentos dos filhos como critério para determinar se o idoso tem ou não direito ao complemento solidário.
Até agora, mesmo que o pensionista tivesse uma reforma muito baixa, como o rendimento dos filhos entrava para o cálculo, ao abrigo da chamada condição de recurso, muita gente não tinha acesso ao complemento solidário - isso agora vai mudar.
O primeiro-ministro, na conferência de imprensa após a reunião do Governo, disse que, a partir de agora, os rendimentos a ter em conta são exclusivamente os das pessoas que se candidatam a este apoio do Estado.
Esta medida entra em vigor a 1 de junho, esclareceu o Ministério do Trabalho em resposta à Renascença.
“Os novos beneficiários serão cerca de 1500 por ano, podendo vir a ser incluídos os que voltarem a tentar, mas estima-se que sejam poucos”, refere o ministério.
Sim, os pensionistas que recebem o complemento solidário para idosos vão ter acesso gratuito a medicamentos sujeitos a receita médica. Nesta altura, a comparticipação é de 50% na compra dos remédios.
O Governo alargou o benefício, tornando estes medicamentos gratuitos.
Ainda não há data. Em comunicado, o governo explica que entra em vigor no mês seguinte após a conclusão da consulta que está a decorrer nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores.
Assim que entre em vigor, um idoso, que receba o complemento solidário, só tem de apresentar a prescrição médica numa farmácia e levantar os medicamentos, sem necessidade de efetuar nenhum pagamento.