02 jul, 2024 • Sérgio Costa
O Governo quer responsabilizar as administrações hospitalares pelas listas de espera de cirurgias.
De acordo com o responsável pelo Plano de Emergência para a Saúde, Eurico Castro Alves, a ideia é que sejam os hospitais a definir e a justificar quem fica em espera para cirurgia. Centrar nos hospitais a organização e gestão dessa lista por forma a evitar tempos de espera elevados.
Se houver uma lista de espera considerável, os hospitais terão que justificar.
Eurico Castro Alves revelou que há muitos hospitais que escolhem os doentes a operar tendo por base questões economicistas.
O que o governo diz é que os hospitais não podem operar doentes de patologia benigna deixando para trás doentes de patologia maligna porque é mais confortável.
De acordo com o governo sim.
Terá acontecido em muitos casos por questões de economia. Eram submetidos a cirurgia determinados doentes porque era mais barato.
ara evitar este tipo de situação o governo diz que os hospitais devem ser responsabilizados. O que não se percebe é qual será a consequência.
Os administradores hospitalares aceitam gerir listas de espera para cirurgias e ser responsabilizados desde que tenham mais meios e autonomia.
Contudo, dizem esperar para ver as medidas em causa, mas avisa desde já que essa possibilidade depende das ferramentas que estiverem previstas. Quer isto dizer que pretendem mais autonomia para a contratação de mais profissionais de saúde.
Esse tema gerou controvérsia na mais recente audição parlamentar da ministra da saúde. Ana Paula Martins falou em mais de nove mil doentes em espera para cirurgia em oncologia. Esse número foi depois corrigido para cerca de dois mil após reparos dos partidos da oposição.
Contudo, o responsável pelo plano de emergência para saúde reafirma que os doentes oncológicos que já tinham ultrapassado o tempo de espera para uma cirurgia eram mesmo mais de 9.300 em maio.
Eurico Castro Alves garantiu que até ao final do mês de julho todos esses doentes já terão feito a cirurgia.
O responsável refere apenas que os doentes fora operado, quase na totalidade, no SNS, mas não avançou explicações claras.