11 jul, 2024 • Sérgio Costa
Menos cerca 500 nascimentos nos primeiros seis meses do ano em comparação com igual período do ano passado.
Estes são dados relativos ao teste do pezinho e divulgados pelo Instituto Ricardo Jorge e que analisaram mais de 41.200 recém-nascidos. No ano passado, em igual período nasceram mais de 41.800.
Não deverá surpreender a resposta: no interior. Bragança, Portalegre, Guarda, Beja e Vila Real foram os distritos com menor número de bebés rastreados, com valores mensais abaixo de uma centena.
Também não surpreende o facto de Lisboa, Porto, Setúbal e Braga serem os distritos com maior número de recém-nascidos testados.
Estes são dados que podem confirmar a tendência de desertificação do interior.
Os dados revelados não identificam causas, ainda assim esta quebra parece estar ainda longe de fazer recuar o número de nascimentos para os valores de 2021, ano que registou pouco mais 79.200 nascimentos. Em 2023 foram 85.700.
A imigração contribuiu para este valor mais elevado de nascimentos do ano passado. Esta quebra no primeiro semestre pode ser circunstancial
Temos de recuperar os dados relativos a 2023. Os nascimentos aumentaram 2,3% no SNS, mas subiram mais no privado.
De recordar que 2023 foi um ano marcado por constrangimentos e encerramentos nas maternidades. Ainda assim, o número de nascimentos no SNS aumentou, e são maioritários, mas ao mesmo tempo fez aumentar o número de nascimentos no privado com um aumento de 5,4%.
Há quase dois idosos por cada jovem - Portugal, a par da Itália, é o país mais envelhecido da União Europeia.
Dados da PORDATA revelam que, no país, existem mais de dois milhões e meio de pessoas com 65 anos ou mais. Há mais de 3 mil pessoas com 100 anos.
Só dois municípios têm mais jovens dos que idosos: Lagoa e Ribeira Grande, nos Açores.
O número de pessoas que vivem sozinhas ascende a um milhão.