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Portugal registou uma quebra de nascimentos no primeiro semestre do ano. Quais são os dados?
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Portugal registou uma quebra de nascimentos no primeiro semestre do ano. Quais são os dados?

11 jul, 2024 • Sérgio Costa


Segundo um relatório do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, houve menos 518 nascimentos em Portugal no primeiro semestre do ano.

Quais são os dados disponíveis?

Menos cerca 500 nascimentos nos primeiros seis meses do ano em comparação com igual período do ano passado.

Estes são dados relativos ao teste do pezinho e divulgados pelo Instituto Ricardo Jorge e que analisaram mais de 41.200 recém-nascidos. No ano passado, em igual período nasceram mais de 41.800.

Onde é que a redução de nascimentos tem mais impacto?

Não deverá surpreender a resposta: no interior. Bragança, Portalegre, Guarda, Beja e Vila Real foram os distritos com menor número de bebés rastreados, com valores mensais abaixo de uma centena.

Também não surpreende o facto de Lisboa, Porto, Setúbal e Braga serem os distritos com maior número de recém-nascidos testados.

Estes são dados que podem confirmar a tendência de desertificação do interior.

Esse número contraria a tendência do último ano. Há alguma explicação para esta quebra?

Os dados revelados não identificam causas, ainda assim esta quebra parece estar ainda longe de fazer recuar o número de nascimentos para os valores de 2021, ano que registou pouco mais 79.200 nascimentos. Em 2023 foram 85.700.

A imigração contribuiu para este valor mais elevado de nascimentos do ano passado. Esta quebra no primeiro semestre pode ser circunstancial

E os nascimentos sobem mais no público ou no privado?

Temos de recuperar os dados relativos a 2023. Os nascimentos aumentaram 2,3% no SNS, mas subiram mais no privado.

De recordar que 2023 foi um ano marcado por constrangimentos e encerramentos nas maternidades. Ainda assim, o número de nascimentos no SNS aumentou, e são maioritários, mas ao mesmo tempo fez aumentar o número de nascimentos no privado com um aumento de 5,4%.

Números que não impedem envelhecimento do país. Quais sãos os dados conhecidos?

Há quase dois idosos por cada jovem - Portugal, a par da Itália, é o país mais envelhecido da União Europeia.

Dados da PORDATA revelam que, no país, existem mais de dois milhões e meio de pessoas com 65 anos ou mais. Há mais de 3 mil pessoas com 100 anos.

Só dois municípios têm mais jovens dos que idosos: Lagoa e Ribeira Grande, nos Açores.

O número de pessoas que vivem sozinhas ascende a um milhão.

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