16 jul, 2024 • Hugo Monteiro
Alunos sem professores. Pode ser o cenário no arranque do próximo ano letivo. E é o próprio ministro da Educação a admiti-lo.
Por uma coincidência de fatores. Por um lado, há cada vez menos candidatos à carreira docente - porque a vida de professor tornou-se pouco atrativa para os jovens - e, por outro lado, um número muito elevado de professores que vão para a reforma.
Se o ritmo de aposentações se mantiver, em 2024 poderão aposentar-se quase cinco mil professores, o número mais elevado de sempre.
Não, porque os professores já foram alocados às escolas, ou seja, já sabem onde vão ficar no próximo ano letivo.
Mas não se sabe se é nesses estabelecimentos de ensino que esses docentes são mais necessários. Portanto, ainda não é conhecida a real dimensão do problema.
E falta perceber como é que está o processo de recrutamento feito pelas próprias escolas, sobretudo naquelas onde tem havido mais falta de professores e isso pode levar mais alguns dias.
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Há. E uma dessas medidas é chamar docentes já reformados.
O ministro até reconhece que os serviços têm recebido muitos contactos de escolas a pretenderem professores aposentados e docentes reformados disponíveis para voltarem às salas de aula.
Na verdade trata-se de uma contratação por convite.
Cada diretor de escola, que perdeu um professor que se aposentou, pode desafiá-lo a voltar e com uma remuneração adicional. Ou seja, juntam à sua reforma, uma remuneração correspondente ao salário de um professor em início de carreira, em função do número de horas de aulas que vier a dar.
O Governo quer que assim seja e, nesse sentido, o ministro da Educação pede às escolas que se organizem, para que o ano letivo possa começar a 12 de setembro. Isto, apesar de o calendário prever que as aulas possam recomeçar até 16 de setembro.
Mesmo com esses problemas que, inicialmente, foram detetados no processo de matrículas dos alunos do 6.º ao 9.º ano e também do 11.º ano, o que levou a vários adiamentos da data final do processo.
Agora há relatos de problemas na plataforma para as matrículas dos alunos do 10º e 12º anos. A Renascença já pediu esclarecimentos ao Ministério da Educação, nomeadamente para perceber se também aqui haverá um adiamento do prazo, mas ainda não tivemos resposta.
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