18 jul, 2024 • Fátima Casanova
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No Explicador Renascença desta quinta-feira, o destaque vai para as mudanças nas provas de aferição, anunciadas pelo Ministério da Educação e que entram em vigor já no próximo ano letivo.
Desde logo, muda o nome! Deixam de chamar-se Provas de Aferição e passam a ser Provas de Monitorização da Aprendizagem (ModA), e deixam de se realizar no 2º, 6º e 8º anos.
As novas provas vão ser aplicadas já no próximo ano letivo, no final do 1º e do 2º ciclos. Nestes anos de escolaridade, os alunos vão fazer duas provas fixas, as de Português e de Matemática, com componente de Estudo do Meio no 4º ano, e Matemática com Ciências Naturais no 6º ano.
Estes alunos vão ainda fazer uma terceira prova a outra disciplina, que vai ser rotativa, a cada 3 anos.
As provas rotativas no 4.º ano vão ser a Inglês (já em 2025), Educação Artística (2026), Educação Física (2027), e em 2028 regressa a prova de Inglês.
Quanto ao 6.º ano, há provas rotativas a História e Geografia de Portugal (em 2025), Inglês em 2026 e Educação Física mais Educação Visual em 2027.
As provas vão ser todas em formato digital e de realização obrigatória.
Não, mas cada aluno vai ter uma classificação quantitativa, de zero a cem, para medir com mais precisão os resultados, que serão registados na ficha individual do aluno.
A ideia é que esses resultados cheguem às escolas antes do início do ano letivo seguinte. Também vão ser publicados relatórios nacionais na segunda terça-feira de novembro, para permitir o escrutínio público.
Esses alunos vão manter as provas finais de ciclo a Português e a Matemática, com o peso de 30% na nota final.
A de Português vai ser exclusivamente em formato digital, enquanto a de Matemática vai ser em sistema híbrido, ou seja, há uma parte que será feita com recurso à caneta e ao papel.
Há uma outra mudança, ao nível de todo o ensino básico: as provas não vão ser públicas.
Quer dizer que o enunciado da prova não vai ser divulgado para que, no ano seguinte, o mesmo tipo de exercício, pelo menos aqueles considerados âncora, possam ser aplicado aos alunos, para garantir uma melhor comparação de resultados. Este é um sistema já utilizado em vários países, como Dinamarca, Noruega, Finlândia e França.
Também no final dos três ciclos do ensino básico vai ser introduzida a prova de Português de língua não materna, para aferir os conhecimentos dos alunos migrantes.
Ao nível dos exames, vai manter-se o modelo aprovado pelo Governo anterior, e que tem estado a ser implementado de forma gradual, até que abranja todos os alunos no ano letivo 2025/26.
A classificação é que passa a ser eletrónica, como acontece noutros países, o que permite, segundo o Governo, uma maior equidade, já que cada professor classifica alguns exercícios de muitos alunos, em vez de corrigir a prova completa de poucos alunos.
Os docentes colocam a classificação numa plataforma eletrónica, à semelhança do que já acontece em Itália, Reino Unido e Finlândia, o que permite uma maior rapidez e flexibilidade ao nível dos recursos humanos.