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O que se sabe sobre o futuro Hospital de Todos os Santos?
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O que se sabe sobre o futuro Hospital de Todos os Santos?

09 out, 2024 • Anabela Góis


Depois de mais de 30 anos de promessas, a obra vai finalmente arrancar. O Explicador Renascença esclarece todos os detalhes.

O Hospital de Todos os Santos vai ser construído em Lisboa. Depois de mais de 30 anos de promessas, lançamentos de primeiras pedras e prazos adiados a obra vai finalmente arrancar e tem de estar concluída até 2026.

O Explicador Renascença esclarece os detalhes.

Que hospital é este?

O hospital está pensado há muitos anos para substituir algumas das unidades mais antigas que estão espalhadas pela cidade de Lisboa.

Todas com graves problemas por estarem alocadas em edifícios que nem sequer foram construídos para serem hospitais, não tem possibilidade de expansão nem, por exemplo, condições de resistência sísmica

Que hospitais vão ser substituídos pelo futuro Hospital de todos os Santos?

Desde logo, o hospital de São José, Santo António dos Capuchos, Santa Marta, Curry Cabral, o hospital pediátrico D. Estefânia e a Maternidade Alfredo da Costa que hoje integram a Unidade Local de Saúde São José.

O Instituto de Oftalmologia Gama Pinto e o Hospital Psiquiátrico Júlio de Matos que também fazem parte da mesma ULS não fecham, mas alguns serviços serão transferidos para o novo hospital que também vai ter valências de Reumatologia, Medicina Nuclear e de Radioncologia o que vai evitar a transferência de doentes para o Instituto Português de Oncologia de Lisboa.

Para além disso, vai servir de hospital-âncora à Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa.

Vão ficar todos no mesmo edifício?

No mesmo local, porque na prática serão 3 edifícios distintos, ligados entre si, que vão ocupar uma área de 240 mil metros quadrados, na junta de freguesia de Marvila, na zona oriental de Lisboa, aliás a designação deste hospital chegou a ser essa: hospital Oriental de Lisboa.

Vai ser um hospital de grande dimensão?

Vai ser bastante grande. Vai servir uma população de cerca de dois milhões de pessoas e vai ter capacidade total de internamento de 879 camas com mais algumas de reserva, o que significa que em situações de contingência, pode ultrapassar as mil camas.

O hospital deve ter quatro a cinco pisos de altura e quase três mil lugares de estacionamento, dos quais 1450 subterrâneos.

A construção está cargo de um consórcio liderado pela Mota-Engil.

Quanto é que vai custar?

Quanto vai custar exactamente não sabemos, há sempre os riscos de derrapagens, mas a obra está orçamentada em 380 milhões de euros, com um financiamento de até 100 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência.

Há prazo de conclusão?

Para garantir o financiamento do PRR a construção tem de estar finalizada em 2026, estando o início da atividade prevista para o ano seguinte. Estamos a falar de menos de três anos.

Vai ser a grande obra na área da saúde deste Governo?

O tempo o dirá, mas a intenção do Governo é lançar outras quatro obras no âmbito da saúde, na atual legislatura: o hospital de Barcelos, o hospital universitário do Algarve, o hospital do Oeste e a ampliação e requalificação do hospital de Beja, são segundo anunciou Luís Montenegro as próximas quatro prioridades.

O objetivo é reforçar a rede de saúde pública, assegurando uma maior qualidade no atendimento à população.

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