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Como é que os professores voluntários vão ser recrutados?

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Como é que os professores voluntários vão ser recrutados? E vão ter salário?

17 dez, 2024 • Fátima Casanova


No Explicador Renascença desta terça-feira, falamos sobre as mudanças que se avizinham, já para janeiro, nas escolas portuguesas. O primeiro período, sem surpresa, ficou marcado pela falta de professores, apesar das medidas lançadas pelo Ministério da Educação.

O Governo vai desistir de contratar professores aposentados?

Não. Em janeiro vai avançar uma nova iniciativa para trazer esses docentes de volta para as escolas.

No plano “Mais Aulas, Mais Sucesso”, o Governo estabeleceu como objetivo recrutar 200 docentes aposentados nas escolas com um acréscimo na remuneração. Essa meta ficou longe de ser atingida, só 62 candidaturas foram validadas.

O Ministério da Educação vai abrir portas ao voluntariado também em janeiro.

Como é que esses professores voluntários podem ser recrutados?

De acordo com a nota informativa, enviada hoje às escolas e a que a Renascença teve acesso, os diretores escolares podem convidar diretamente os professores aposentados ou lançar aviso público, conforme o que preferirem. Independentemente do modelo utilizado, não há necessidade de o Ministério da Educação intervir no processo.

Apenas se pede ao diretor que informe a Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares para se poder ativar o seguro.

Se são voluntários, não vão receber?

De facto, a atividade não vai ser remunerada.

Estes professores são chamados a participar em atividades de apoio à aprendizagem, que pode ser desenvolvida diretamente junto dos alunos e através das mentorias a jovens professores, que ainda têm pouca experiência profissional ou ajudando na integração dos recém-chegados à escola.

Que outras medidas estão previstas para janeiro?

O arranque do ano vai também ficar marcado por várias medidas com vista ao sucesso dos alunos migrantes.

Uma delas passa pela revisão da disciplina de “Português Língua Não Materna”: os instrumentos de diagnóstico vão ser atualizados e vai ser criado o nível zero de proficiência.

Ainda neste âmbito, dos alunos migrantes, haverá uma simplificação das equivalências no ensino básico. As escolas vão passar a poder reposicionar diretamente os seus alunos, sem necessidade de intervenção dos serviços do Ministério. O diploma está em processo legislativo.

Sempre avança o grupo de trabalho para prevenir o Abandono Escolar?

Sim, a ideia é que em janeiro comece a ser constituído esse grupo de especialistas que vai ter pela frente a tarefa de rever indicadores para melhorar o sistema de monitorização do Abandono escolar Precoce

Quanto ao uso dos telemóveis, há mais alguma coisa?

Não. O Ministério de Fernando Alexandre reafirma que vai avaliar o impacto das medidas adotadas pelas escolas, na sequência das recomendações feitas no início deste ano letivo. De recordar que recomendou a proibição dos smartphones até aos alunos do segundo ciclo. Depois dessa avaliação serão conhecidas as medidas para o próximo ano letivo.

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