26 dez, 2024
Por estes dias em Lisboa, o lixo pode ficar por recolher.
Há greve dos trabalhadores da higiene urbana e já começam a acumular-se sinais disso, as ruas em que o lixo ainda não foi apanhado.
O Explicador Renascença esclarece.
A greve que teve início esta quarta-feira de Natal vai prolongar-se até ao dia 2 de janeiro.
É um período de mais de uma semana de paralisação na recolha do lixo.
Estão previstos serviços mínimos até sábado, 28 de dezembro. Ou seja, nestas datas haverá sempre recolha, embora de forma mais reduzida.
O colégio arbitral da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público decretou a realização de 71 circuitos diários de recolha de lixo, envolvendo 167 trabalhadores.
Algo que representa "cerca de 1/3 do trabalho" que se realiza num dia normal.
No entanto, ainda pode haver um recuo na decisão sobre serviços mínimos
Os sindicatos discordam dos serviços mínimos decretados. Dizem mesmo tratar-se de “serviços mínimos máximos “representando uma limitação do direito à greve.
A decisão obriga, como já referido, ao trabalho de centenas de funcionários.
Por isso, as estruturas sindicais apresentaram uma contestação junto dos tribunais, com uma reclamação e uma providência cautelar para "anular" ou "minimizar" os serviços mínimos decretados.
Sim, tudo depende da decisão dos tribunais, mas essa é ainda uma possibilidade.
Criou uma equipa de gestão de crise, disponível 24 horas; distribuiu contentores de obra, em várias zonas da cidade, para deposição de lixo.
Estabeleceu ainda colaboração com municípios vizinhos, com possibilidade de utilização de eco-ilhas móveis.
Os sindicatos justificam a realização da greve com a ausência de respostas da Câmara aos problemas que afetam o setor da higiene urbana,
Por exemplo, está inoperacional quase metade das viaturas essenciais à remoção do lixo.