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Fernando Medina-João Taborda da Gama
O presidente da Câmara de Lisboa e um professor universitário (especialista em direito fiscal) a viver na capital olham para os principais temas da atualidade.
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Fernando Medina e João Taborda da Gama - Parlamento deve inquirir falhas do Banco de Portugal - 30/01/2020

​F. Medina

Luanda Leaks. “Banco de Portugal falhou” e Parlamento “devia chamar intervenientes”

30 jan, 2020 • Miguel Coelho , Cristina Nascimento


Socialista considera que Parlamento pode dar "um contributo muito grande" no esclarecimento do que aconteceu nas transferências bancárias de Isabel dos Santos para um offshore no Dubai.

O comentador da Renascença Fernando Medina defende que o Parlamento deve inquirir o que falhou no sistema financeiro e no Banco de Portugal no caso Luanda Leaks e as transferências bancárias de Isabel dos Santos que passaram por Portugal.

“O Banco de Portugal falhou. Se não sabia, devia saber; se sabia e não agiu, também falhou”, disse Medina no espaço de debate do programa “As Três da Manhã”.

Em causa está o caso da transferência de milhões de euros de uma conta do EuroBic, em Portugal, para um offshore no Dubai.

“É um excelente caso muito concreto, muito preciso para o qual o Parlamento devia chamar os intervenientes”, diz ainda o socialista.

“O Parlamento, que já fez comissões de inquérito tão vastas sobre tudo e mais alguma coisa, acho que fazer uma audição sobre esta matéria muitíssimo concreta em matéria de atuação do sistema financeiro e da atuação da regulação é um contributo muito grande que pode dar neste momento”, acrescenta também.

O comentário surge a propósito da entrevista concedida por Francisco Louçã à Renascença que defende a saída de Teixeira dos Santos do banco EuroBic. Medina não defende esta saída por considerar que “não é claro” se as datas em que ocorreram essas transferências não foram prévias à entrada de Teixeira dos Santos”.

Na mesma linha, o professor universitário João Taborda da Gama considera “inevitável” que o Parlamento acabe por criar uma comissão de inquérito sobre o assunto.

“Parece que essa dança [criação de uma comissão de inquérito] já começou nos bastidores, é o que se ouve dizer. Vamos a ver se avança ou não e quando é que avança”, diz o também comentador da Renascença.

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