13 fev, 2020 • Marta Grosso , Miguel Coelho (moderação do debate)
“Sou firme defensor de que o tempo, nesta matéria, não é um elemento negativo, mas um elemento essencial para se perceber o que está em causa”, defende Fernando Medina na Renascença, quando instado a comentar os projetos sobre a eutanásia.
Na opinião do presidente da Câmara de Lisboa e comentador do programa As Três da Manhã, “uma legislação feita à pressa, sem uma consciência pública muito clara dos termos exatos do que está em causa é profundamente negativo”.
Além disso, Fernando Medina pede um debate “de elevação”. E sublinha: “nem aqueles que se opõem à eutanásia são insensíveis ao sofrimento numa fase terminal dos cidadãos, nem aqueles que são favoráveis são levianos perante a realidade da morte num contexto muito particular e muito específico”.
Antigo primeiro-ministro e líder do PSD considera (...)
João Taborda da Gama concorda com a necessidade de um debate profundo sobre a matéria. “Não podemos passar mais tempo a discutir o IVA da eletricidade do que a eutanásia. É fundamental que toda a gente perceba os conceitos que estão em causa e os critérios”, defende.
Na opinião deste comentador, é estranho que os partidos tragam agora a debate uma matéria que foi chumbada na legislatura anterior e que nenhum deles colocou no seu programa eleitoral.
Caso a eutanásia vá a referendo, João Taborda da Gama afirma que, em princípio, votaria contra. Tudo depende da pergunta.