12 mar, 2020 • Marta Grosso , Miguel Coelho (moderação do debate)
O presidente da Câmara de Lisboa critica as pessoas que, na quarta-feira, decidiram ir para a praia em vez de se manterem afastadas de grandes aglomerados populacionais.
“Aquilo a que ontem assistimos foi uma manifestação de completa irresponsabilidade, de pessoas que se colocam em risco e potenciam o risco para todos os outros, porque cada pessoa contaminada tem um fator de propagação elevado pelo meio onde está colocado”, sublinha Fernando Medina na Renascença.
O comentador do programa As Três da Manhã diz não saber se se deve decretar o fecho das escolas, mas defende que “a medida tem de ser acompanhada de um outro conjunto de medidas, várias delas que dependem de comportamentos individuais e da atitude de cada um de nós, que já podia estar mais desenvolvida”.
O autarca de Lisboa destaca ainda não tem faltado informação sobre o surto de coronavírus: “não há ninguém que não esteja informado sobre o que são as atitudes prudentes e preventivas que cada um pode ter e que são essenciais para mantermos a nossa vida social antes de medidas mais drásticas”.
No mesmo espaço de comentário, João Taborda da Gama mostra-se apoiante do encerramento das escolas, no sentido em que “talvez mais valesse prevenir do que remediar”.
“Há aqui duas velocidades e duas vozes: há uma velocidade das empresas, dos municípios, de certos especialistas e depois há uma visão mais prudente, mais conservadora do Governo”, afirma.
Taborda da Gama refere ainda que nem “a comunidade científica está unânime” e aponta o caso do ex-ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, que “é especialista em saúde pública”.