29 jan, 2019
João Taborda da Gama considera estarem “criadas as condições internacionais” para que o ainda Presidente da Venezuela saia de cena “e traga aos venezuelanos algum alívio do massacre que têm vivido”.
“Não é tarde nem cedo. É preciso mudar”, defende, considerando que “a Venezuela atravessa um flagelo humanitário provocado diretamente pelas políticas de Maduro e pela ilusão ideológica e económica em que vive”.
A mesma opinião tem o eurodeputado Francisco Assis.
“Este regime já é criminoso, porque destruiu completamente a democracia na Venezuela, pôs em causa direitos e liberdades fundamentais, conduziu o país a uma crise impressionante”, em que os “sistemas de saúde e educativo não funcionam”, e destruiu “completamente a economia”, pondo “em causa a dignidade do povo venezuelano”.
Por tudo isto, e porque a pressão da comunidade internacional, quer da parte da União Europeia quer da parte dos EUA, está ser exercida, o mais provável é que o ainda Presidente da Venezuela deixe o cargo.
No que toca ao Índice de Perceção da Corrupção, publicado nesta terça-feira pela associação Transparência Internacional e que fala em falta vontade política em Portugal para combater o flagelo, nem Taborda da Gama nem Francisco Assis consideram que tenha havido uma degradação da situação no país.
“A perceção que tenho é de que tem havido um combate maior e mais intenso, tocando em figuras de topo”, afirma João Taborda da Gama, admitindo que “a tabela é feita com critérios mais científicos” do que a sua perceção.
“É preciso não cair no extremo de fazer com que inocentes estejam anos e anos a ser investigadas e depois nada se verifique”, alerta ainda. “Deve haver sempre uma investigação célere, séria e focada”, defende.
Francisco Assis alinha com o seu companheiro de análise e considera ser “evidente que em Portugal há um esforço enorme para combater a corrupção”.
“As pessoas hoje não aceitam estas situações e isso tem tradução a todos os níveis dos comportamentos, quer nos agentes da administração pública quer nos cidadãos em geral”, defende.
Ambos consideram, contudo, que é necessário reforçar os meios de investigação.