18 nov, 2015
Não tinham passado 24 horas depois dos atentados em Paris e já um ministro polaco veio dizer que, face ao sucedido, o seu país não aceitaria receber refugiados. Outros países daquela área, como a Hungria ou a Eslováquia, tomaram posições semelhantes. Tudo isto, não obstante ter havido um acordo entre os Estados membros da UE, em Setembro, para acolher refugiados (Portugal receberá 4 500). Entretanto, em França, Marine Le Pen veio reclamar a imediata suspensão da entrada de qualquer imigrante, refugiado ou não.
É compreensível que a mortandade em Paris tenha aumentado os receios - pois não podem vir terroristas no meio dos refugiados? Assim, é necessária uma análise cuidada de cada um dos refugiados, o que leva tempo e dinheiro.
Mas vale a pena lembrar que os terroristas de Paris viviam na Europa, com a possível excepção de um deles (por causa do passaporte sírio encontrado, mas cuja veracidade falta confirmar). Por isso, não se exagere o perigo de receber refugiados, tornando impossível resolver um problema que pode pôr em causa a sobrevivência da própria UE.