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Francisco Sarsfield Cabral
Opinião de Francisco Sarsfield Cabral
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Improvável a solução portuguesa em Espanha

30 dez, 2015 • Opinião de Francisco Sarsfield Cabral


A fraca votação no PSOE enfraqueceu a liderança de Sánchez.

Tudo indica que o líder do PP e ainda primeiro-ministro de Espanha Mariano Rajoy não conseguirá formar governo. Virá, então, a “solução portuguesa”, tendo o líder socialista Pedro Sánchez como primeiro-ministro, com o apoio da restante esquerda?

Pelo menos para já, não parece possível. O PSOE teve uma votação historicamente baixa. Conseguiu ficar à frente do Podemos, mas a curta distância. Como ambos aspiram a liderar a esquerda espanhola, é difícil entenderem-se. Mais: o PSOE vetou o início de negociações com o Podemos, enquanto este não renunciar a um referendo na Catalunha sobre a independência. Um partido socialista com princípios...

A fraca votação no PSOE enfraqueceu a liderança de Sánchez. A presidente socialista do governo autonómico da Andaluzia, Susana Diaz, ameaça substituir o líder socialista actual, num Congresso do PSOE previsto para Março, que Sánchez tenta adiar. Ora, negociar com o Podemos e outros partidos de esquerda com o líder em fraca posição é algo que, naturalmente, não agrada ao PSOE.

Começa a desenhar-se no horizonte a inevitabilidade de novas eleições gerais em Espanha.

Comentários
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  • julio
    08 jan, 2016 vilaverde 10:58
    Em espanha izistem politicos com carater e não canalhas como em portugal dai, a difrensa entre os dois paises
  • rfm
    30 dez, 2015 Coimbra 16:03
    Um partido socialista com princípios... (?) Nunca vi tantos não socialistas (anti socialistas - ultraliberais presunçosos) preocupados com princípios, incluindo, obviamente o autor deste artigo. sendo que em Espanha, com problemas mais graves que os de cá, não se foi tão longe, na austeridade, expropriação e imposição, numa monarquia, cujo/s monarca tem atuações muito mais republicanas que certa gente que ocupa cargos da república, por cá. onde um governo e um "presidente" se confundiram, mesmo em campanha eleitoral, que do alto da sua presunção não ouviam ninguém, expressando apenas rancores e revanchismos aos quais, quase 60% dos Cidadãos de várias sensibilidades tiveram que por fim cá em Portugal, pois, não estou a ver em Espanha tirarem-se, por exemplo, feriados as autonomias, nacionais ou religiosos... possivelmente o Rei (Presidente da República), terá mais capacidade de diálogo, imparcialidade e vontade que o seu homólogo de cá, terá alguma vez tido, além do mais as gentes do PAF e de alguma igreja, estiveram mais perto do tempo do franquismo que os tempo do P.P, apesar de tudo ! As coisas (muitas) que estavam debaixo do tapete, estão a surgir por cá, desde a Segurança Social, bancos e b(r)anqueiros e os biliões desviados/roubados aos cidadãos/famílias/empresas e investimento produtivo, e dinheiros públicos para colmatar prejuízos inexplicáveis (ou não ...) do BPN, BPP, BCP, BIC, BES/ES/GES, PT, Banif ...cujos mandates, foram/são, em muitos casos des/governantes,
  • João
    30 dez, 2015 Lisboa 15:31
    O Francisco mesmo em tempo de Paz (estamos na oitava do Natal, segundo o rito da Igreja Católica), não baixa as armas. Neste caso, as armas da "stand up comedy": aquela de um Partido Socialista com princípios, seguido de aspas suspirantes, sinceramente, fez-me ir às lágrimas. Desde o Diácono Remédios que não havia nada assim.