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Francisco Sarsfield Cabral
Opinião de Francisco Sarsfield Cabral
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​O problema do Brasil é a corrupção

13 abr, 2016 • Opinião de Francisco Sarsfield Cabral


O enorme caso de corrupção que envolve a Petrobrás e as principais empresas de construção mostra que a corrupção se instalou também no mundo empresarial.

Não sei se o processo de destituição da Presidente Dilma tem base jurídica séria. Mas sei que afastar a Presidente do Brasil não acabará com a corrupção.

O Brasil também passa por uma recessão económica, que colocou 12% da população activa no desemprego e leva à fuga de capitais. Só que a corrupção é um problema mais fundo e estrutural do que a má fase do ciclo económico.

Da comissão de 65 deputados que deram luz verde a que o processo de destituição de Dilma avance para uma decisão em plenário nada menos de 35 respondem a processos judiciais e 8 são réus no Supremo Tribunal Federal. O presidente da Câmara de Deputados, Eduardo Cunha, grande adversário de Dilma, também enfrenta processos por corrupção. Antes, a compra de votos pelo Partido dos Trabalhadores (o “mensalão”) manchara a imagem de Lula.

O enorme caso de corrupção que envolve a Petrobrás e as principais empresas de construção do Brasil mostra que a corrupção se instalou também no mundo empresarial.

Como se dá a volta a isto em democracia, é a grande questão. Perante ela, a eventual destituição de Dilma é um caso menor.

Não sei se o processo de destituição da Presidente Dilma tem base jurídica séria. Mas sei que afastar a Presidente do Brasil não acabará com a corrupção.

O Brasil também passa por uma recessão económica, que colocou 12% da população activa no desemprego e leva à fuga de capitais. Só que a corrupção é um problema mais fundo e estrutural do que a má fase do ciclo económico.

Da comissão de 65 deputados que deram luz verde a que o processo de destituição de Dilma avance para uma decisão em plenário nada menos de 35 respondem a processos judiciais e 8 são réus no Supremo Tribunal Federal. O presidente da Câmara de Deputados, Eduardo Cunha, grande adversário de Dilma, também enfrenta processos por corrupção. Antes, a compra de votos pelo Partido dos Trabalhadores (o “mensalão”) manchara a imagem de Lula.

O enorme caso de corrupção que envolve a Petrobrás e as principais empresas de construção do Brasil mostra que a corrupção se instalou também no mundo empresarial.

Como se dá a volta a isto em democracia, é a grande questão. Perante ela, a eventual destituição de Dilma é um caso menor.

Comentários
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  • Galvão
    13 abr, 2016 Brasil 14:02
    O grande problema do Brasil é que a corrupção, além de todos os males inerentes à ela, foi usada com o principal objetivo de manutenção de um grupo político no poder. São propinas cobradas para evitar denúncias de outras propinas. Crime sobre crime. Salvam-se pouquíssimos. E o sr. Lula da Silva teve o despautério de dizer, recentemente, que isso era culpa "dos portugueses" pela colonização. Quando se salta de um avião, abrir um paraquedas não te põe dentro do avião novamente. Tirar a presidente (e sua miríade de apaniguados) do poder não acabará com a corrupção, mas diminuirá a velocidade de queda do Brasil rumo ao buraco. Manter Dilma é venezuelizar (ou cubanizar) o Brasil.
  • Bento Fidalgo
    13 abr, 2016 Agualva 12:51
    Em democracia isto resolve-se não votando, não dando aval à corrupção enquanto na constituição não forem introduzidas as normas honestas, rigorosas e transparentes que impessam legislação interesseira, tendenciosa e impeditiva de aplicação da justiça sobre os próprios governantes.
  • JP
    13 abr, 2016 lisboa 12:25
    E o problema de Portugal . Qual é o problema? Não será igual ao do Brasil ? Aliás está no ADN do colonizador e do colonizado.
  • Janeka
    13 abr, 2016 Olhão 10:40
    Fiquei elucidado, porque nada do que escreve o sr. Cabral tinha sido dito antes...
  • VEra
    13 abr, 2016 Lisboa 10:09
    Apenas do Brasil? Já atravessou o Atlântico e está instaladíssimo em Portugal!
  • Nelson
    13 abr, 2016 Lisboa 07:43
    Quem foi que escolheu o título do artigo? Essa frase banal digna de qualquer sopeira não ilustra decentemente a análise esmerada e lúcida dum economista tão conceituado. Senhores jornalistas respeitem o trabalho de bons profissionais tomando-lhes o exemplo no desenvolvimento do vosso começando na escolha de títulos de artigos sérios como se trata no caso.