19 mai, 2016
A tragédia económica, social e política na Venezuela atinge duramente a comunidade portuguesa que ali vive. Continua o chamado “socialismo bolivariano”, uma invenção que aproveita o nome de Simon Bolivar, que no séc. XIX teve um papel importante na independência de vários países da América Latina, até aí colónias de Espanha. Mas Hugo Chavez tinha uma capacidade política que não tem o seu sucessor, Nicolas Maduro. E a baixa do preço do petróleo trouxe a miséria a este país com grandes reservas de “crude”.
Chavez deu dinheiro à população pobre e também a “amigos” estrangeiros, como o líder da Bolívia, Evo Morales. Mas nada fez para dotar a Venezuela de uma economia menos dependente do petróleo. O dinheiro acabou.
Falta tudo, desde alimentos a electricidade, passando pela liberdade política. A oposição ganhou as últimas eleições, mas a ditadura de Maduro bloqueia o parlamento. Perante o caos, Maduro invoca uma desculpa habitual: tratar-se-ia de provocar uma violência generalizada, pretexto para uma intervenção militar externa. Mais provável será uma intervenção militar interna.