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Francisco Sarsfield Cabral
Opinião de Francisco Sarsfield Cabral
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​Erdogan e Putin, a mesma luta

10 ago, 2016 • Opinião de Francisco Sarsfield Cabral


A Turquia pertence à NATO e tem as forças armadas mais poderosas da Aliança, depois das americanas.

A primeira visita ao estrangeiro de Erdogan, depois do falhado golpe de Estado, foi ir a S. Petersburgo encontrar-se com Putin. As relações entre a Turquia e a Rússia estiveram em crise, com sanções de parte a parte, sobretudo desde que a aviação turca abateu em Novembro um bombardeiro russo.

Erdogan é um inimigo de Assad, o ditador sírio, o qual é apoiado pela Rússia.

Como entender, então, esta aproximação entre Erdogan e Putin? Ambos são pouco democráticos e estão hoje empenhados em hostilizar a Europa e os EUA. Tal atitude não é novidade em Putin, que joga no ressentimento dos russos por o seu país já não ser uma superpotência. No caso de Erdogan é o culminar de uma viragem que se desenha há anos, mas que é grave do ponto de vista geoestratégico.

A Turquia pertence à NATO e tem as forças armadas mais poderosas da Aliança, depois das americanas.

Há uma séria possibilidade de a Turquia sair da NATO, embora a Rússia não possa substituir o apoio militar que agora os turcos recebem dos EUA. E o acordo com a UE sobre refugiados está condenado. Mas este acordo nunca deveria ter existido

Comentários
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  • Eduardo Rocha
    16 ago, 2016 Lisboa 20:37
    Da democracia do mundo ocidental resta, quando muito, a aparência! Nos EUA não é a vontade do povo quem mais ordena, mas sim a vontade dos lobbys. Na União Europeia, principalmente depois da destruição da Soberania Nacional dos respectivos países, quem dita as regras são os burocratas de Bruxelas e não os políticos eleitos pelo povo. Mais, segundo uma crónica de Paul Craig Roberts (ex secretário-assistente dos Estados Unidos do Tesouro para Política Económica sob o presidente Reagan em 1981 e autor de vários livros) o governo francês representa corporações, e não o povo francês. E, ainda segundo Paul, os gregos e os portugueses foram forçados por seus governos a aceitar a ruína financeira pessoal, a fim de aumentar os lucros dos bancos estrangeiros. Ou seja, esses governos representam banqueiros estrangeiros, e não o povo grego e português respectivamente.
  • Vasco
    10 ago, 2016 Santarém 22:51
    Erdogan é mais um ditador que teve a sorte de um golpe falhado que daria a vez a qualquer outro ditador pois é assim que aqueles povos parecem saber viver e pelos vistos tem bastante apoio entre a população e se é isso que desejam há apenas que os deixar seguir o caminho desejado, quanto ao encostar a cabeça ao ombro do Putin é mais uma prova da sua força ditatorial e de que não está disposto a integrar-se na Europa tal como ela é mas sim como ele desejaria e como as incompatibilidades são muitas o melhor será seguir outro caminho , se sair da NATO que se governe depois com as benesses vindas de Moscovo, certamente que a Europa fará mais falta a Ancara do que esta à Europa e bem temos a prova nestes últimos temos da ameaça do islão por cá.
  • Sacudir o Caos
    10 ago, 2016 V. F. Xira 13:53
    Como entender, então, a permanência da Turquia em pleno direito como aliado da NATO, se esta se encontra hoje empenhada em hostilizar a Europa e os EUA?
  • Miguel Botelho
    10 ago, 2016 Lisboa 13:05
    É inacreditável que alguém com o estatuto e crédito na nossa imprensa (parcial) escreva algo como: «Ambos [Turquia e Rússia] são pouco democráticos e estão hoje empenhados em hostilizar a Europa e os EUA. Para já gostaria de saber se os EUA é uma nação democrática. Não creio muito, sabendo da fraude cometida por Hillary Clinton para ganhar as primárias a Bernie Sanders, no estado da Califórnia. Aliás, todo o processo de eleição de Hillary Clinton é pouco transparente e democrático. Na verdade, quem hostiliza quem, no combate ao terrorismo? É a Rússia? Ou são os EUA e a Europa? Basta contar as bases militares da NATO que cercam a Rússia e temos a resposta para esta simples pergunta. Será que Sarsfield Cabral leu as últimas declarações do ex-agente da CIA, Michael Morell, sobre a guerra na Síria? Seria bom que visse o programa de Charlie Rose, para constatar quem hostiliza quem nesta guerra que os EUA querem impor ao Mundo.