11 out, 2016
Tardou a regulamentação da actividade de empresas como a Uber e a Cabify. Mas a proposta do ministro do Ambiente, agora em discussão pública, parece equilibrada.
Aliás, o ministro Matos Fernandes mostrou-se aberto a alterações, algumas das quais concretizou na reunião com os dirigentes dos taxistas. E também disse, antes da manifestação, que iria reduzir o período de formação profissional dos taxistas, aproximando-o do exigido à Uber e à Cabify. Empresas que o ministro não quer eliminar nem contingentar (quanto ao número de carros, por exemplo). E bem, porque a concorrência é a principal defesa dos consumidores.
Os actos de violência e vandalismo, incluindo provocações a polícias, ontem, não ajudaram a causa dos taxistas. O presidente da ANTRAL havia prometido “porrada”...
Não foi a melhor maneira de reconquistar a preferência dos consumidores. Muitos destes recordam, com saudade, o tempo em que os taxistas eram uma classe profissional respeitada.
Não é que todos eles, até porventura a maioria, sejam hoje gente que não inspira confiança. Mas o que se passou ontem foi, para os taxistas, um tiro no pé.