Siga-nos no Whatsapp
Francisco Sarsfield Cabral
Opinião de Francisco Sarsfield Cabral
A+ / A-

Os republicanos e Trump

12 out, 2016 • Opinião de Francisco Sarsfield Cabral


Há muito que se tornara óbvio que Trump seria um Presidente perigoso para os EUA e para o mundo, mas só agora os republicanos se começaram a distanciar do candidato.

Nos últimos tempos as coisas correram mal a Trump. Hillary Clinton aumentou o seu avanço nas sondagens. Esta evolução leva numerosos republicanos a retirarem o seu apoio a Trump. Muitos deles são candidatos ao Congresso Federal e a vários cargos estaduais; não querem ver-se associados a um candidato presidencial provavelmente perdedor.

Mas é lamentável que só agora importantes figuras do Partido Republicano se distanciem de Trump. Este entrou em campanha há um ano, ao longo do qual fez inúmeras afirmações inaceitáveis para qualquer pessoa decente, de qualquer partido. Há muito que se tornara óbvio que Trump seria um Presidente perigoso para os EUA e para o mundo.

Pior: o radicalismo de uma facção importante do Partido Republicano – o chamado Tea Party – preparou o terreno para o populismo de Trump, que nem sequer segue a “ortodoxia” política dessa facção.

O Tea Party combateu, muitas vezes com êxito, os republicanos moderados, impedindo-os de se candidatarem. E contribuiu para travar acordos no Congresso com deputados do Partido Democrático. Quem semeia ventos, colhe tempestades…

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • António Costa
    12 out, 2016 Cacém 17:44
    Onde "...centenas de milhões de pessoas.." devia ler-se "...centenas de milhar / milhões de pessoas..." .
  • António Costa
    12 out, 2016 Cacém 15:48
    "....é lamentável que só agora...", pois é, e foi sempre assim ao logo da História da Humanidade. Quando um qualquer "sistema" ou "alguém" cai em desgraça os seus anteriores defensores apressam-se a "mudar de barco". Tenhamos Esperança na Democracia. E como disse Winston Churchill "A democracia é a pior forma de governo, à exceção de todos os outros já experimentados ao longo da história." O problema é o das pessoas que ainda vivem "agarradas" às ameaças dos anos 80, do Séc. XX. As novas ameaças estão a colocar em causa a BASE da civilização ocidental. Nem a fuga de centenas de milhões de pessoas, que atravessam desertos e mares, na sua fuga para a Europa, leva a compreender o que aqui se construiu!
  • Miguel Botelho
    12 out, 2016 Lisboa 15:03
    E será que o «Miguel» ainda não percebeu que Hillary já foi eleita, num processo vergonhoso e que revolta até mesmo aqueles que a apoiam?
  • Miguel
    12 out, 2016 Faro 10:52
    Pois... pois Miguel Botelho - e o Trump é um santo que só quer ajudar os outros....
  • Miguel Botelho
    12 out, 2016 Lisboa 09:08
    A análise de Francisco Sarsfield Cabral sobre este facto, pertence ao chamado jornalismo morto do «Mainstream». Este definitivamente morreu, desde que saíram os últimos dados da «Wikileaks» sobre Hillary Clinton. De facto, a «Wikileaks» é, hoje, mais importante que a «Washington Post», «New York Times» e até mesmo os patéticos artigos de Sarsfield Cabral. Sobre o modo como Hillary vendeu o departamento de estado, enquanto foi secretária de Obama; ou o modo como está a ser levada à presidência pelo «Mainstream», Sarsfield Cabral não comenta.