02 jan, 2017
Em 4 de Fevereiro passado o ministro português do Ambiente afirmou que um dos primeiros assuntos a tratar com o seu homólogo espanhol seria a central nuclear de Almaraz, a 100 km da fronteira portuguesa e perto do rio Tejo.
Só no início de Novembro houve governo em Madrid, mas, entretanto, muito se falou dos perigos de Almaraz, central com mais de 30 anos, o seu prazo normal de vida. Em Junho até houve uma manifestação luso-espanhola contra a continuidade da central.
Sem informar o executivo português, o novo governo de Rajoy não só autorizou o prolongamento por mais 20 anos daquela central como deu luz verde à construção de um armazém de resíduos nucleares. Ora estes são muito perigosos e permanecem durante milhares de anos.
Há reais possibilidades de as águas do Tejo que chegam a Portugal serem contaminadas.
O comportamento do executivo de Rajoy é inaceitável e desmente as “juras de amor” que políticos espanhóis e portugueses costumam fazer entre si. Resta, agora, a queixa portuguesa a Bruxelas. Talvez alguns percebam a utilidade da UE quando se trata de proteger países pequenos ou médios contra a prepotência dos grandes.