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Francisco Sarsfield Cabral
Opinião de Francisco Sarsfield Cabral
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A Venezuela à beira da guerra civil

19 abr, 2017 • Opinião de Francisco Sarsfield Cabral


A falta de bens essenciais e a crescente violência levam venezuelanos a emigrarem.

Hoje, quarta-feira, poderá ser um dia de trágica violência na Venezuela. Haverá manifestações contra Maduro e em particular contra as medidas tomadas para impedir o normal funcionamento do Parlamento, onde a oposição detém a maioria. Entretanto, Maduro mandou os militares para a rua e promete distribuir uma espingarda por cada miliciano (que em breve serão um milhão, diz o Presidente).

Entretanto, Maduro mandou os militares para a rua e promete distribuir uma espingarda por cada miliciano (que em breve serão um milhão, diz o Presidente).

Desde o início de Abril já morreram cinco pessoas em manifestações contra o governo e centenas ficaram feridas. Foram feitas 538 prisões e suspeita-se de tortura.

Onze países da América Latina pediram à Venezuela que garanta o direito a manifestações. Bispos venezuelanos criticam publicamente a deriva ditatorial do chamado “socialismo bolivariano”.

A violência crescente e a dramática falta de bens alimentares e medicamentos levam muita gente a tentar a emigração, num país de imigrantes (incluindo portugueses).

Para Maduro, a inflação galopante, assim como todos os outros problemas, são mera consequência de tenebrosas conspirações comandadas do exterior. Uma desculpa esfarrapada, típica dos ditadores. Cuba sim, pode queixar-se do estúpido embargo americano, que ainda não acabou.

Quando a ideologia e a paixão política bloqueiam o pensamento racional, pode acreditar-se em tudo. Basta lembrar como, há mais de 50 anos, a União Soviética era idolatrada na Europa, a começar por intelectuais altamente considerados. Agora é a vez dessa versão frouxa do marxismo que é o tal “socialismo bolivariano”.

Comentários
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  • Ângela Veloso
    20 abr, 2017 Lisboa 08:53
    O comentário de Manuel Jacinto demonstra enorme ignorância em relação à realidade e à revolução venezuelana. As Forças Armadas venezuelanas são pró-revolução, ou seja, são a favor do PSUV e, inclusive, marcharam ao lado do povo, numa manifestação que quis demonstrar às forças terroristas do «MUD» de que lado estava a força da revolução. Comentários ignorantes como o de Manuel Jacinto ou textos cheios de ódio como o de Sarsfield Cabral não vão demover a vontade daqueles que querem ver o capitalismo morto na Venezuela.
  • Manuel Jacinto
    20 abr, 2017 Moita 00:16
    “socialismo bolivariano”. fome e miséria e ainda existe quem defenda esta politica. Se as forças armadas não resolverem o assunto vai morrer muita gente na guerra civil que se aproxima. Esperamos que sejam as F. A. a alterar o regime criminoso que tomou conta da Venezuela levando um dos países mais ricos para a pobreza como Cuba.
  • ALETO
    19 abr, 2017 Vila Franca de Xira 21:55
    Tanto ódio de Sarsfield Cabral à presidência socialista de Nicolás Maduro só pode ser explicada pela boa relação que Sarsfield tem com Cavaco Silva, amigos deste e o partido PSD. Não foi Sarsfield Cabral assessor de Cavaco Silva, entre 1987 e 1991? Quais as políticas que fizeram parte de Cavaco Silva, nesta altura? Não foi por causa destas políticas que se deram as cargas de polícias de choque na ponte sobre o Tejo? De que lado da barricada estava o autor Sarsfield Cabral nessa altura? Estava do lado do povo ou do lado de Cavaco Silva? E porque nunca teceu uma crítica ao governo de Pedro Passos Coelho, conhecido pela arrogante política de austeridade e a maior subida de rendas que houve, desde o 25 de Abril? Sarsfield Cabral não passa de um valente hipócrita e quando vomita o seu ódio ao presidente Nicolás Maduro, é porque a sua própria mentalidade choca com a revolução socialista que está a acontecer na Venezuela. Vir aqui dizer que esse país quase atravessa uma guerra civil, é maldade de cidadão mal formado e que se deu com gente ruim, como Cavaco Silva e seus amigos e confrades, do tipo Dias Loureiro
  • MASQUEGRACINHA
    19 abr, 2017 TERRADOMEIO 19:41
    Bom, mas "versões frouxas" do marxismo somos nós, os estados-sociais, não é verdade? Ai das classes trabalhadoras dos países de economia de mercado se não fora o medo da ressaca das revoluções a minorar o lado mais selvagem do capitalismo... Não é por uma boa e bela teoria não conseguir ser levada à prática que deixa de ser uma boa e bela teoria - aliás, não é o cristianismo exemplo paradigmático disso mesmo? Apesar de o próprio Cristo se ter deixado dominar pela ira contra os vendilhões do Templo, ou ter sido de uma clareza cristalina quando disse que seria mais fácil a um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que a um rico entrar no Reino dos Céus, não é por isso que não há cristãos "frequentadores de missas e associações" (Papa Francisco dixit) que são vendilhões e ricos sem problemas de consciência. Apesar do capitalismo selvagem ter recuperado do susto, e querer recuperar a sua verdadeira natureza de "senhorio de servos", creio que o trauma histórico ficou, e vai transparecendo nestes ditos do tipo "estão a ver, estão a ver, como os marxismos são maus?". Pois são, mas deles todos colhemos benefícios - nas relações laborais concretas, e na sombra que ficou de as ovelhas poderem um dia transformar-se em lobos. As grandes teorias, como os grandes homens, muitas vezes só tardiamente são reconhecidos. Da Venezuela, ficou-me uma imagem inesquecível: Hugo Chavez, na televisão, mostrando uma pequena estatueta da Senhora de Fátima e declarando-lhe a sua profunda devoção...
  • Marco Visan
    19 abr, 2017 Lisboa 15:01
    «Desde o início de Abril já morreram cinco pessoas em manifestações contra o governo e centenas ficaram feridas. Foram feitas 538 prisões e suspeita-se de tortura.» Sim, Sr. Sarsfield Cabral. Dois dos manifestantes eram do PSUV ou como o senhor lhe chama o partido de Maduro. Quem os matou? Terroristas pagos por partidos da MUD, para depois usar como propaganda lá fora (assim como fizeram cá no 11 de Março de 1975). «Para Maduro, a inflação galopante, assim como todos os outros problemas, são mera consequência de tenebrosas conspirações comandadas do exterior. Uma desculpa esfarrapada, típica dos ditadores. Cuba sim, pode queixar-se do estúpido embargo americano, que ainda não acabou.» Por acaso, Nicolás Maduro é o presidente dos venezuelanos que o apoiam em inúmeras manifestações de milhares de pessoas que o senhor se esquece. As minhas desculpas por pensar que o socialismo bolivariano é uma versão frouxa do marxismo. Na verdade, o socialismo bolivariano é apenas, sim, mais uma etapa socialista no caminho de esmagar o capitalismo e o imperialismo. Por último, quem somos nós leitores para acusar um ex-adjunto de Cavaco Silva? Quando pensamos que Sarsfield Cabral é amigo de Cavaco Silva e Dias Loureiro; e filiado num partido pró-capitalista selvagem (o PSD), o ódio ao socialismo de Maduro está explicado.
  • João Galhardo
    19 abr, 2017 Lisboa 12:43
    Mais propaganda contra a revolução bolivariana vinda do ex-conselheiro de Cavaco Silva. Quem estiver atento à realidade venezuelana, sabe muito bem que Sarsfield Cabral mente e inventa muito. A guerra civil é tão mentirosa, como as falcatruas ditas por Cavaco Silva, antes de ser primeiro-ministro deste país. No entanto, Sarsfield Cabral entende-se lindamente com Cavaco Silva. Há quem diga que são unha da mesma carne.
  • António Costa
    19 abr, 2017 Cacém 09:51
    Não, se o nosso amigo Maduro se converter ao "Islão", deixa de ter problemas. Passa a ser "logo" um grande amigo dos EUA, na região. Fica com o direito de "anular" (matar) "terroristas" (opositores políticos), aos milhares. A vantagem é que se alguma ameaça "exterior" existir, levam logo com um "tomahawk" na "cabeça". O presidente Maduro passava também a ser apresentado nos média internacionais, sorridente e com "criancinhas" ao colo. E quando, os venezuelanos "fugissem" a nado ou de barco para os países mais próximos? Evidentemente! Os malandros, racistas e xenófobos iam ser os países de acolhimento!
  • Miguel Botelho
    19 abr, 2017 Lisboa 08:46
    Este texto parece vir da campanha de propaganda contra a Venezuela do PP espanhol de Rajoy. Ainda por cima, está cheio de erros: «onde a oposição detForam feitas ram feridas. jiciano rua dir o normal funcionamento do Parlamento, onde detém a maioria.» O que é que isto quer dizer? Eu sei que Sarsfield Cabral precisa de algum repouso, mas isto hoje foi demais.