Siga-nos no Whatsapp
Francisco Sarsfield Cabral
Opinião de Francisco Sarsfield Cabral
A+ / A-

Explicações curtas

19 dez, 2017 • Opinião de Francisco Sarsfield Cabral


O ministro Vieira da Silva deixou muito por esclarecer sobre o escândalo das Raríssimas.

O ministro Vieira da Silva tinha uma imagem de um político honesto e competente; justificadamente, na minha opinião. Por exemplo, foi ele o autor da reforma de Segurança Social de 2006, a única reforma estrutural do governo de Sócrates.

Mas o caso da Raríssimas abala um tanto essa imagem. Não que Vieira da Silva seja suspeito de qualquer crime. Mas porque foi algo passivo no escândalo daquela instituição, denunciado pela jornalista Ana Leal numa reportagem da TVI.

Só depois dessa reportagem terá percebido o ministro que se passavam coisas graves na Raríssimas, instituição de cuja assembleia geral Vieira da Silva fora dois anos vice-presidente, com acesso às contas.

Ora, já em Janeiro deste ano os serviços do Ministério da Segurança Social – mas não, pelos vistos, o gabinete do ministro ou os dos seus secretários de Estado – haviam recebido uma comunicação escrita referindo sérias irregularidades na Raríssimas, incluindo gastos faustosos da sua presidente.

Ontem, em quase três horas numa audição parlamentar, o ministro falou muito e de muitas coisas, talvez para falar o menos possível da Raríssimas. Serviu-se de distinções especiosas entre irregularidades e gestão danosa para justificar que só com a reportagem da TVI se ter dado conta de que havia ali problemas.

Não respondeu a várias pertinentes perguntas, ainda que repetidas (sobretudo pelo CDS). E contra-atacou os seus críticos, para os descredibilizar – mas não para nos esclarecer. Foi pena.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • JP
    20 dez, 2017 Olhão 10:53
    Por questões de deontologia jornaleira não publicaram o meu comentário. Desmascarar certo jornalismo tem destas coisas.
  • Isabel Almeida
    20 dez, 2017 Lisbon, Portugal 09:10
    RESPONDENDO PARA ISABEL ALMEIDA - O Sr. é uma pessoa sem qualquer tipo de nível que tem a veleidade de me insultar, mas é tão cobarde que, não diz quem é, nem como se chama. Eu sou mentirosa, porquê? Está pago para afirmar o que escreve? Parece... Não necessito de dentista nem de por dentes... ainda não cheguei a essa fase... Eu, virgem ofendida? Engano seu! Que vómito!!! Já que é tão "iluminado" explique o senhor a todo o povo português, o que o sr. Ministro achou que era uma situação sensível e não deu uma explicação satisfatória. Mas, a explicação não será para mim... será para todos aqueles que leram a OPINIÃO de FRANCISCO SARSFIELD CABRAL. Eu dispenso explicações de gente enraivecida, que se atira às opiniões de outros como "cão a bofe". Não pertenço a qualquer tipo de partido político... nem a qualquer emissora ou cadeia de televisão... nem, tão pouco, fui comprada para "vomitar fel"... Sou uma simples leitora das diversas OPINIÕES de vários comentadores credíveis, que dão o nome e a cara por aquilo que escrevem. Poderei ser até ignorante, em muitas matérias governamentais, porque elas não me interessam! Mas ser insultada desta forma, não admito! Não voltarei a este artigo... e um conselho para terminar: - Cure-se!!!
  • JP
    20 dez, 2017 Olhão 08:28
    Porque razão o sr Cabral não fala na reportagem da RTP sobre o mesmo tema e que mostra como está o jornalismo em Portugal. Os interesses são grandes e os lobis estão muito ativos e desde o tempo em que a lista de pagamentos do salgado a certos jornalistas foi divulgada nunca mais acreditei até porque a lista de repente desapareceu com a desculpa que está em segredo de justiça. Hoje em dia comprar um jornal diário faz tanto mal à saúde mental como comprar um maço de cigarros que faz mal à saúde em geral. Por isso passei a poupar cerca de 500 €/ano e passei também a contribuir para a redução da pasta de papel e melhoria do meio ambiente. Certos trabalhos jornalísticos passaram a ser peças de teatro com guião e ensaio prévio e quando um dos atores se esquece da deixa lá vem o contra ponto neste caso o jornalista que montou a peça e dá uma ajuda o ator só tem que confirmar aliás o contra regra neste caso o jornalista moderador diz para o contra ponto. Dá lá uma ajudinha e o dito começa a pôr as respostas na boca do ator que vai acenando com a cabeça e dizendo sim é verdade. Isto tem um nome que eu não digo mas jornalismo não é de certeza. Depois ir para a porta das pessoas tirar fotos não autorizadas e ser divulgadas publicamente tem um nome também que antigamente estava em uso. Já agora pergunto. Será que o/a jornalista também vai para o café com um jornal esburacado e em vez de estar a ler está a vigiar o vizinho do lado. Estas práticas eram no passado feitas por gente boa.
  • Justus
    20 dez, 2017 Espinho 00:11
    S. Cabral, como de costume quando se refere ao PS ou a este governo, é mal intencionado e faz-se de ignorante. Diz que o ministro "deixou muito por esclarecer", mas não refere o que não foi esclarecido, atirando poeira para o ar. Foi tudo muito bem explicadinho pelo Ministro e pela Secretária de Estado, a tal ponto que o assunto morreu. Foi um autêntico "fiasco" para os partidos da oposição PSD/CDS. Na assembleia da república, a um PSD contrafeito e envergonhado pelo triste papel a que se sujeitou, assistimos a um CDS estupidamente arrogante e malabarista, brandindo fotografias e imagens à mistura com sorrisos e apartes como se estivessem numa praça pública. Triste espetáculo na "casa da democracia"! S. Cabral mente quando diz que o gabinete do ministro recebeu em Janeiro uma denúncia de irregularidades, "incluindo gastos faustosos da sua presidente". Não incluía nada disso, nem nessa denúncia nem noutras posteriores. S. Cabral não ouviu a secretária de estado referir o teor dessas denúncias ou fez de conta que não ouviu e, por isso, mente descarada e propositadamente para confundir e enganar os leitores. Que S. Cabral não saiba as funções dum tesoureiro, dum revisor oficial de contas, dum conselho fiscal, duma assembleia geral, do Instituto de Segurança Social e queira atribuir todas estas funções e competências ao ministro, é lá com ele. Agora, não queira fazer dos outros parvos, que o não são. Que a quadra natalícia e o Deus Menino lhe retirem o azedume! Tenha um BOM NATAL
  • pedro miguel
    19 dez, 2017 23:50
    hum...o Francisco a aplaudir uma reforma em 2006, só pode a dita cuja ter prejudicado as pessoas. muita parra e pouca uva, e ninguem, nem o Francisco que fala de escandalo, sintetiza, como o fez a Paula : dois vestidos e umas gambas. Há mais ? há mais grave que isto ? mas há já, e onde ? ou espera-se que haja mais ? Quem nao quer ser ministro que nao lhe vista a pele, se for apurado materia desfavorável que coloque em causa a verdade do ministro... mas o escandalo, onde esta ?
  • Para Isabel Almeida
    19 dez, 2017 Lisboa 22:57
    A sra MENTE e MENTE muito mal. É aconselhável que vá ao dentista pois mente tanto que já não deve ter dentes na boca... ou está-se a fazer de virgem ofendida porque lhe pagam para isso: As coisas de que acusa o ministro terão sido realizadas entre Março e Agosto de 2017. Sabe fazer contas? Acusa o ministro de fechar os olhos a algo que só foi apresentado pela TVI. Pois as 8 cartas (6 delas enviadas já com a jornalista a trabalhar no caso... mera coincidência, talvez) só referiam problemas com os registos de pessoas. Tal como a TVI não referiu que o ex-tesoureiro foi despedido por ter ocultado informações sobre o que se passava no Porto, atrasando o processo judicial para a recuperação de valores da ex-vice-presidente da associação. Você toma como certas as informações dadas pela TVI, FALSIFICANDO as datas para seu belo prazer. (A discussão com o outro comentador sobre a Jonet é outra história... a sra não se importa de doar 1000 euros por mês para o Banco Alimentar para a Dra. Jonet receber 2500 euros de ordenado e 16000 euros de prémios de desempenho anual, pelos serviços que presta ao Banco Alimentar? A mim importa-me que esse dinheiro seja das doações para comprar comida e que reduza a quantidade de produtos doados ás instituições que trabalham com o BA. Pena é que NINGUÉM DA DIRECÇÃO DO BA pergunta porque é que gastam quase 1 milhão de euros anualmente com a direcção... e 99,999999% da mão de obra são voluntários.)
  • André
    19 dez, 2017 Lisboa 22:46
    Contam-se pelos dedos de uma mão os membros dos conselhos consultivos de associações de cariz social (quase 400000 que existem em Portugal) que vão analisar ou pedir a alguém que analise, o relatório e contas antes de o assinarem. É por isso que existem falhas(muitos deputados chegam a fazer parte de 50 conselhos desses...) que passam despercebidas. Uma coisa que devia ser explicada é porque é que o CDS afirma que 3 cartas onde um ex-tesoureiro escreve ao ministro sobre a associação ainda não ter entregue a acta da sua renúncia ás finanças, para o retirar dos órgãos sociais da Raríssimas, é uma carta a revelar os crimes que a reportagem da TVI apresentou... Tal como Ana Leal devia ir ao parlamento explicar porque Omitiu que existiam membros do PSD no conselho consultivo e fiscal da associação e porque é que cortaram as imagens de Maria Cavaco Silva, da visita da Rainha de Espanha à Casa do Marco, durante as primeiras reportagens sobre o tema.
  • Rui
    19 dez, 2017 Castelo Branco 18:26
    Eu acredito muito mais na palavra do ministro Vieira da Silva do que em tudo o lhe querem por em cima. Porque sei que ele é um homem sério e nestas coisas há muito quem invente por vários motivos. E quando se trata de arranjar loas contra o governo e o PS é um vê se te avias. Todos os dias há polémicas que são autênticas canalhices. Tudo porque a palavra dos inventores vale sempre mais que a dos atingidos. Exemplos de sobra para tantas parvoíces que se revelaram picuinhices de quem anda permanentemente à procura. O problema é que só procuram num lado... No dos outros, obviamente. Enfim, lá diz o ditado: os cães ladram e a caravana passa...
  • Isabel Almeida
    19 dez, 2017 Lisbon, Portugal 18:06
    Direito de Resposta a Ricardo Martins: - Aqui não há o gostar ou não gostar! ("Gosta-se" tem erro... escreve-se "gostasse", dependendo da acentuação gramatical)! Não me interessa de que partido são, nem se são do tempo de A, B, ou C...! O Passado é isso mesmo... Passado! No PRESENTE, o que está em causa, são os milhões de euros gastos em proveito próprio e digam o que disserem: por mais apaixonado e distraído que andasse o Ministro, (que revela conivência), há que esclarecer o povo pagante, de todos os gastos indevidos! Pois o dinheiro era para a obra, bem meritória, a nível nacional e reconhecida internacionalmente. Não são explicações "de treta", críticas e contra-ataque, numa batalha que o Sr. Ministro já se devia ter dado como derrotado. Quanto a conhecimentos (de fascistas e direitolas como a sua amiga Jonet) como o sr. alega... não sei quem são, não me interessam e tenho pena de quem usa essas expressões, como o senhor, que não cresceu politicamente nem soube ser educado. Sou uma portuguesa como todos os outros pagantes, deste País! E quero ser, educadamente, esclarecida... Fiz-me entender?
  • Ricardo Martins
    19 dez, 2017 Lisboa 17:04
    Talvez gosta-se mais do ministro pafioso da mota , um tal de Mota Soares que cortava abonos, ordenados , reformas , apoios a deficiência entre outras coisas esse certamente, saberia explicar por exemplo o regabofe de acabar com o visto prévio as IPSS ( a caridadezinha dos fascistas e direitolas como a sua amiga Jonet ).