08 abr, 2019
Enquanto a guerra civil se instala Trump anunciou que iria ial entre isaraelitas e palestinianos na Líbia, realizam-se amanhã eleições gerais que poderão tornar o Médio Oriente um ainda mais perigoso foco de conflitos. Se Netanyahu vencer estas eleições, a perspetiva de uma paz entre israelitas e palestinianos torna-se praticamente nula a médio prazo.
No início do seu mandato presidencial Trump anunciou que iria lançar uma iniciativa de paz naquela zona. O que se viu, porém, foi um reforço americano às posições de Netanyhau e uma aproximação de Washington à Arábia Saudita, contra o Irão.
Trump transferiu a embaixada dos EUA de Teerão para Jerusalém, pondo em causa o estatuto tripartido desta cidade, referência importante para três religiões monoteístas – judaísmo, cristianismo e Islão. Há dias, Trump anunciou que Washington iria reconhecer como território de Israel os montes Golã, que faziam parte da Síria, mas que Israel ocupara na guerra de 1967 contra os árabes.
Aproveitando a onda, Netanyahu disse ontem que iria anexar gradualmente a Cisjordânia, começando pelos colonatos judaicos naquela área. 400 mil israelitas vivem nesses colonatos, que até aqui funcionaram, na prática, para afastar a possibilidade de um Estado palestiniano na Cisjordânia.
Ou seja, Netanyahu, com o apoio explícito de Trump, sobe um degrau na escalada contra os palestinianos. E os EUA não poderão ser novamente medianeiros num eventual, embora improvável, processo de paz, uma vez que tomaram inequivocamente o lado de Israel.
Mas será que os israelitas querem esta via de conflito e aniquilação dos palestinianos? Se não desejam ir por aí, terão de eleger amanhã um antigo chefe do Estado Maior das Forças Armadas Israelitas (2011-2015), Benny Gantz, que se tem mostrado centrista, moderado e conciliador. Sendo impensável uma maioria absoluta tanto de Netanyahu como de Gatntz, se este último ficar à frente na votação, para governar terá, ainda, de formar alianças. Não será fácil, mas é desejável.