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Francisco Sarsfield Cabral
Opinião de Francisco Sarsfield Cabral
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Uma fusão no mercado mundial de automóveis

21 dez, 2019 • Opinião de Francisco Sarsfield Cabral


A Fiat-Chrysler irá fundir-se com a francesa PSA (Peugeot-Citroen), tornando-se no quarto maior fabricante mundial de automóveis. O principal administrador executivo (CEO) deste grande fabricante será o atual CEO da PSA, o português Carlos Tavares.

Na época áurea do automóvel nos Estados Unidos, o mercado americano era dominado por duas grandes empresas, a Ford e a General Motors, às quais se juntava uma terceira fabricante, mais pequena, a Chrysler.

Esta terceira empresa teve algumas fases lucrativas, mas a partir do primeiro choque petrolífero (1973) as suas dificuldades acentuaram-se. Em 1998 a europeia Daimler Benz comprou metade do capital da Chrysler; mais tarde a Daimler tornar-se-ia proprietária de todo o capital da Chrysler.

Mas nem assim as perspetivas desta empresa melhoraram muito. No início de 2009 a italiana Fiat adquiriu 35% do capital da Chrysler. Há dias, foi anunciado que a Fiat-Chrysler iria fundir-se com outro fabricante europeu, a PSA (Peugeot-Citroen).

Se, como se prevê, esta fusão for concretizada, tornar-se-á no quarto maior fabricante mundial de automóveis. E o seu principal administrador executivo (CEO) será o atual CEO da PSA, o português Carlos Tavares. Curiosamente, parece que esta fusão não implicará o encerramento de fábricas.

Na época de transição energética que estamos a atravessar, aos fabricantes de automóveis deparam-se escolhas difíceis. Até que ponto apostar em veículos elétricos, por exemplo. E em carros autónomos, que não precisem de motorista…

Carlos Tavares foi em novembro passado escolhido pela “Harvard Business Review” como o melhor presidente executivo do sector automóvel. Ele “dera a volta” à Renault e, mais recentemente, à Peugeot. É um reformador que enfrenta sindicatos e corta nas burocracias. Um gestor que honra Portugal.

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