21 dez, 2019
Na época áurea do automóvel nos Estados Unidos, o mercado americano era dominado por duas grandes empresas, a Ford e a General Motors, às quais se juntava uma terceira fabricante, mais pequena, a Chrysler.
Esta terceira empresa teve algumas fases lucrativas, mas a partir do primeiro choque petrolífero (1973) as suas dificuldades acentuaram-se. Em 1998 a europeia Daimler Benz comprou metade do capital da Chrysler; mais tarde a Daimler tornar-se-ia proprietária de todo o capital da Chrysler.
Mas nem assim as perspetivas desta empresa melhoraram muito. No início de 2009 a italiana Fiat adquiriu 35% do capital da Chrysler. Há dias, foi anunciado que a Fiat-Chrysler iria fundir-se com outro fabricante europeu, a PSA (Peugeot-Citroen).
Se, como se prevê, esta fusão for concretizada, tornar-se-á no quarto maior fabricante mundial de automóveis. E o seu principal administrador executivo (CEO) será o atual CEO da PSA, o português Carlos Tavares. Curiosamente, parece que esta fusão não implicará o encerramento de fábricas.
Na época de transição energética que estamos a atravessar, aos fabricantes de automóveis deparam-se escolhas difíceis. Até que ponto apostar em veículos elétricos, por exemplo. E em carros autónomos, que não precisem de motorista…
Carlos Tavares foi em novembro passado escolhido pela “Harvard Business Review” como o melhor presidente executivo do sector automóvel. Ele “dera a volta” à Renault e, mais recentemente, à Peugeot. É um reformador que enfrenta sindicatos e corta nas burocracias. Um gestor que honra Portugal.