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Francisco Sarsfield Cabral
Opinião de Francisco Sarsfield Cabral
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​Os políticos e o caso Marega

18 fev, 2020 • Opinião de Francisco Sarsfield Cabral


O nosso mundo político condenou o racismo em Guimarães, tendo como alvo o jogador Marega. Mas a condenação não foi unânime. Houve uma significativa exceção: André Ventura desvalorizou o caso, falando em “hipocrisia” na reação indignada de António Costa.

A saída de campo do jogador Marega, do F. C. Porto, no jogo de domingo contra o Vitória de Guimarães (no estádio deste clube), por não suportar mais insultos e injúrias racistas, teve ampla repercussão internacional, até porque lamentáveis casos de racismo têm manchado jogos noutros países.

Por cá, os políticos multiplicaram-se em declarações de repúdio. O Presidente da República afirmou que o racismo é um caminho dramático. O primeiro-ministro lembrou que “atos racistas são crime” e considerou que Marega teve uma dupla vitória: meteu um golo decisivo e mostrou que “há limites para tudo e que este tipo de comportamento é inaceitável”. O Presidente da Assembleia da República condenou “com indignação” os ataques racistas de que foi alvo Marega – e que, segundo parece, terão começado no aquecimento, ainda antes de o jogo se iniciar.

Mas a condenação do que se passou no estádio do Vitória de Guimarães não foi unânime entre todos os partidos com assento na Assembleia da República. Houve uma significativa exceção: André Ventura desvalorizou o caso, criticando o chamou “hipocrisia” na reação de António Costa. “O nosso problema não é o racismo – é hipocrisia”, disse o líder do partido Chega.

Palavras destas, que foram escritas nas redes sociais, definem melhor do que inúmeros discursos o que é realmente o Chega. Diz-se que A. Ventura se irá candidatar a Presidente da República – é natural, pois terá assim mais um palco para difundir a sua ideologia muito pouco democrática. Veremos se, caso tal candidatura se concretize, terá, ou não, o apoio do CDS. Porque, se tal apoio acontecer (do que duvido), o atual CDS ficará fora da direita democrática.

A propósito de tropelias que se assinalam em adeptos de clubes de futebol, gostaria de me associar aos elogios ao Presidente do Sporting, Frederico Varandas, formulados nomeadamente por Marques Mendes e Nicolau Santos, por causa da sua corajosa luta contra os desmandos da claque do seu próprio clube.

Comentários
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  • ADISAN
    18 fev, 2020 Mealhada 10:28
    Na verdade, quando estes indivíduos, que vão ao futebol só para fazer distúrbios, manifestam as suas inaceitáveis atitudes, o árbitro deveria interromper o jogo e mandar evacuar a bancada de onde ela provém. Após a evacuação o jogo prosseguiria normalmente. Assim, talvez se conseguisse que os espectadores vizinhos denunciassem de imediato quem não tem comportamento digno, alertando as autoridades. Assim aconteceu em Münster, na Alemanha, onde um indivíduo que estava a manifestar um comportamento racista, o mesmo foi de imediato preso e retirado do local. E quando o restantes espectadores se aperceberam do que se estava a passar, começaram a entoar bem alto: "fora com os NAZIS", apoiando a polícia. Um exemplo a seguir, creio eu
  • Força, Ventura!
    18 fev, 2020 Abaixo os hipócritas 09:01
    E tem toda a razão: agora por dá cá aquela palha é tudo Racismo. O SOS Racismo, a organização mais racista que cá temos, usa a palavra racismo 3 vezes em cada frase. O Mamadu Ba idem idem, aspas aspas. A nova depupuputada PS uma tal de Joacine, fala tanto em racismo que enjoa. E como isso dá tempo de antena e atenções mediáticas, os hipócritas do costume cavalgam a onda e desdobram-se em condenações de circunstância. E há 2 ou 3 dias que não se fala noutra coisa e que a "imagem internacional de Portugal" está a ser afetada como se cenas destas não acontecessem e em maior quantidade lá fora.