21 jun, 2024
Putin, o ditador russo, visitou a Coreia do Norte. Foi celebrado um acordo militar entre a Rússia e este país, que tudo indica tem fornecido munições e mísseis ao exército russo. Não por acaso, a Rússia iniciou manobras militares no Pacífico, logo no primeiro dia da visita de Putin.
As duas Coreias, do Norte e do Sul, surgiram após o fim da II guerra mundial. O Japão, derrotado, tinha colonizado a península da Coreia. Os Estados Unidos e a União Soviética acordaram dividir aquele território em dois países – a Coreia do Norte, apoiada pela União Soviética, e a Coreia do Sul, apoiada pelos EUA.
Hoje a Coreia do Norte é provavelmente o país mais isolado do mundo. Em 1950 os norte-coreanos, apoiados pela União Soviética e pela China, invadiram a Coreia do Sul. A ONU considerou ilegal a invasão e enviou, para a deter, uma força militar composta sobretudo por tropas dos EUA. Ao fim de quase três anos de guerra, essa força venceu; a guerra terminou em 1953. Putin, que invadiu a Ucrânia, não pôde deixar de ter em conta este passado norte-coreano.
Mas a Coreia do Norte é um caso especial de ditadura, brutalmente exercida pela mesma família desde há quase cem anos. O ditador atual, Kim Jong Un, é filho do ditador anterior, Kim Jong Il, e neto do pai deste, Kim Il Sung, também ditador. É uma espécie de “monarquia” comunista.
Trata-se de uma ditadura feroz, que não se interessa pela população do país. Sucessivas e mortíferas vagas de fome, incluindo em 2023, têm assolado este país. Não consta que a Rússia tenha feito algo de significativo para ajudar os coreanos a enfrentarem essas calamidades. Ao ditador Putin interessa sobretudo o apoio em armas e munições da infeliz Coreia do Norte.