23 mar, 2022 • Beatriz Lopes
Uns dizem-se “ansiosos” quando se veem “sem rede”, desligados, mas reconhecem que, às vezes, é preciso fazer “um jejum e uma desintoxicação” – a verdade é que, em “três horas de scroll infinito”, as redes sociais pouco trazem de novo.
Outros admitem que o mais importante das redes sociais é que vieram para conectar pessoas, com “avós e netos a falar por Whatshapp”, e que o caminho é mesmo esse. “A partir do momento em que entramos neste mundo infindável da internet, não há volta a dar”. Além disso, “não ter Instagram é como não existir”.
No terceiro episódio do Geração Z, procurámos perceber se são cada vez mais os jovens com necessidade de “desconectar”, qual o peso do ‘like’ nas suas vidas e de que forma é que podem fintar os algoritmos e as “fake news”.
Com a ajuda de Catarina Barreiros, influencer de sustentabilidade, vamos ainda tentar perceber de que forma é que também podemos tornar as redes sociais menos tóxicas, aliando o entretenimento à pedagogia: “Lembro-me de uma professora que imitou um sapo. E eu nunca me vou esquecer de como saltam os sapos”.
“Nós somos o desligar da cabeça ao final do dia. E todos nós já tivemos um professor que dá as aulas de uma forma mais apelativa e um professor mais aborrecido. Ambos ensinam, mas só um cria mudança comportamental”, acrescenta.
Neste episódio, é também convidada da Renascença Ana Jorge, investigadora no Centro de Investigação em Comunicações Aplicadas, Culturas e Novas Tecnologias da Universidade Lusófona, que tem dedicado parte da sua investigação à relação dos jovens com as redes sociais.
Para já, um conselho: reclamem do que vos é oferecido. Sejam mais exigentes com tudo o que consomem em entretenimento e cultura.