04 mai, 2022 • Beatriz Lopes
Cinco anos, cinco países. Alexandre Gouveia, de 26 anos, fechou a mala em 2017, mas “abriu a mente” para o mundo à sua volta, sem imaginar que descobriria novos mundos dentro de si.
Do Erasmus aos trabalhos de consultor financeiro, deu-se conta que, afinal, na bagagem cultural há sempre espaço para almoçar num restaurante vietnamita no centro de Berlim ou picar o ponto com o habitual copo ao final de um dia de trabalho em Madrid.
“Há completamente um Alexandre antes e depois. Quando fui para Budapeste, a minha primeira experiência fora de casa, ganhei uma noção de independência que não tinha antes. E apercebi-me que há outras formas de ver as coisas, outras comidas, outra música, outra cultura. Tenho muito orgulho da cultura portuguesa, mas acabamos por ter menos contacto com a diversidade quando estamos nos nossos círculos.”
“Mas nem tudo é um mar de rosas”, admite. Estar longe da família “às vezes é duro”. A distância de casa faz com que nem sempre os relógios batam ao mesmo tempo.
“Estar longe na Europa é diferente de estar longe noutro continente. Com a diferença do fuso horário, a capacidade de manter contacto dilui-se. Quando estive nos Estados Unidos, não conseguia estar a par do que se passava com a minha família e amigos, algo que eu conseguia em Berlim”.
No sexto episódio do Geração Z, falamos de migração. Vamos tentar perceber se culturalmente ainda há “muitos olhares estranhos” e porque esta geração vê com melhores olhos e aceitação o acolhimento de migrantes.
Neste que é o Ano Europeu da Juventude, olhamos ainda para o que está a fazer a Comissão Europeia para ajudar os jovens desfavorecidos a encontrar emprego e formação. Poderá o exemplo de Alexandre incentivar outros jovens a seguir viagem?