19 abr, 2021 • Marta Grosso
“Não sei se é um elefante branco, mas é qualquer coisa estranha que está no meio da sala”, admite o comentador d’As Três da Manhã.
No seu entender, os apelos e avisos deixados pelo Presidente da República para que se passe à prática nesta matéria e se torne a lei exequível “caem em saco roto”, até porque, diz, “há uma questão económica importante”: quem não vai para o lar, poupa dinheiro ao Estado.
É sempre melhor manter as pessoas em casa, defendem também os médicos, mas quem tem de se desempregar para cuidar de um familiar “acaba por perder mais dinheiro do que o que vai receber”, diz Henrique Monteiro.
Além disso, o estatuto “é só para familiares diretos” e “não há nada para quem tem de cuidar de idosos sem ser familiar direto”. Todas estas pessoas que cuidam dos idosos que estão em casa são equiparadas a trabalhadores domésticos “e de doméstico não tem nada”.
“Uma pessoa com 80 e muitos tem sempre uma deficiência, nunca está a 100%”, sublinha ainda.