Fantasma do colonialismo tem atrasado envio de militares para Cabo Delgado ​

O comentador da Renascença Henrique Monteiro considera que receios relacionados com o colonialismo têm atrasado a abertura do Governo moçambicano para acolher forças militares portuguesas e europeias que possam ajudar a resolver a situação de Cabo Delgado.

"É um dos problemas de Moçambique", diz o comentador. "Filipe Nyusi, presidente de Moçambique, mais do que recear o problema do colonialismo, que obviamente não existe, receia que lhe atirem que ele está a convidar os colonialistas para defender Moçambique, pondo em causa a luta de libertação".

O comentário foi feito na sequência da entrevista concedida à Renascença pelo Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança. Nestas declarações Josep Borrell revela que força europeia poderá começar com a participação de 200 a 300 militares.