21 abr, 2021 • Marta Grosso
N’As Três da Manhã, o comentador diz que nem PS nem PSD têm querido fazer mudanças na lei, pelo que saúda “o ralhete de Marcelo”, mesmo que tenha vindo “com o vento” da indignação do processo Marquês, Ivo Rosa e José Sócrates.
Na opinião de Henrique Raposo, “temos de desconfiar, por princípio, do poder. O poder não tem presunção de inocência”, ao contrário do cidadão normal.
“Um político, quando vai para um cargo com imenso poder, a presunção de inocência desce. Faz parte da tradição da democracia liberal”, sublinha, considerando “perigosíssimo” o “clima de raiva” que o sentimento de injustiça e de estar a ser gozado cria nas pessoas.
Por isso, há que avançar já. “Em Portugal, na questão da corrupção, devemos sempre esperar sentados, mas se não é agora quando é?”, questiona.