02 fev, 2022 • Olímpia Mairos
O comentador d’As Três da Manhã considera que o maior risco do novo Governo de maioria absoluta “é o fantasma do José Sócrates”.
E segundo Henrique Raposo, “o consolado de José Sócrates foi a maior tragédia que este país conheceu economicamente”.
“Resultou numa bancarrota e numa dívida que os nossos filhos vão continuar a pagar, e os netos, e a banca rota moral com os casos de corrupção que conhecemos”, lembra.
Mas há perigos que advêm de um Governo de maioria absoluta. E, por isso, é preciso uma vigilância agressiva por parte da sociedade civil e dos próprios jornalistas, refere Henrique Raposo que também vê e destaca os lados positivos de uma maioria absoluta do PS.
O futuro primeiro-ministro quis tranquilizar os po(...)
Desde logo, o comentador entende que é preferível um PS maioritário ao centro a um PS ancorado no PCP e no BE, que “são dois partidos tão radicais e tão revolucionários que se transformaram em partidos reacionários, que recusam qualquer reforma”.
“O BE e o PCP colocam muitas vezes o debate português a um nível sul americano”, diz o comentador, realçando que “é bom termos um PS livre disso e que possa governar ao centro”.
Segundo Henrique Raposo, outro aspeto positivo que resulta das eleições de domingo é a derrota da extrema-esquerda.
“A extrema-esquerda foi dizimada e dentro do PS também há extrema-esquerda. O Pedro Nuno Santos foi derrotado em toda a linha”, diz Henrique Raposo que espera, agora, que o novo Governo “entre numa linha à Centeno e à Silva Vieira, próximo de um consenso social-democrata europeu”.