01 mar, 2024 • Sérgio Costa , Olímpia Mairos
O comentador da Renascença Henrique Raposo olha para a primeira semana da campanha eleitoral e deteta que “há uma clara dinâmica de vitória do centro-direita”, apontando o Livre, de Rui Tavares, como o possível "King Maker da eleição".
“A AD mais os liberais podem encostar nos 40%, o que é bastante interessante, porque, se isso se confirmar, mostra que, sociologicamente, o eleitorado clássico do centro-direita em Portugal pode ser mais resistente ao Chega do que algumas sociologias eleitorais de esquerdas, sobretudo o PCP e alguma parte do PS”, observa Raposo.
O comentador d’As Três da Manhã diz que o Chega “está a crescer junto do eleitorado ou eleitorado potencial de alguma esquerda”, lembrando que “é uma coisa que acontece noutros países”, onde se verificou “uma transferência direta do voto das esquerdas, mesmo das extremas esquerdas, para a extrema-direita”.
À dinâmica de vitória do centro-direita, Raposo junta “a grande mudança política da semana” - o Livre.
Raposo recorda as recentes declarações de Rui Tavares - considerando-as muito sensatas - ao afirmar que, ‘Se o centro-direita recusar a tentação de fazer uma coligação com a extrema-direita’, e é o que está a acontecer, ‘cabe às pessoas sensatas da esquerda tentarem estabelecer pontos de contacto com esse centro-direita’”.
“O Livre e o Pan - mas mais o Livre - pode ser o ‘King Maker’ da eleição”, assinala, antecipando que pode ser “o adulto na sala que assume uma coisa muito simples: não há maioria absoluta, o país precisa de governabilidade”.
“Caberá ao eleitorado decidir se quer crianças ou adultos”, remata.