Siga-nos no Whatsapp
Henrique Raposo n´As Três da Manhã
Segundas e sexta-feiras, às 9h20, n'As Três da Manhã
A+ / A-
Arquivo
António Costa “está a espalhar lama numa altura que não é nada conveniente fazê-lo”

Henrique Raposo

António Costa “está a espalhar lama"

19 abr, 2024 • Sérgio Costa , Olímpia Mairos


Em causa está o comentário do ex-primeiro-ministro, no prefácio de um livro de Eurico Brilhante Dias, em que Costa escreve que “a ocasião fez a decisão” de o Presidente da República pôr termo “prematuramente” à anterior legislatura.

O comentador da Renascença Henrique Raposo diz que António Costa “está a espalhar lama numa altura que não é nada conveniente fazê-lo”.

Em causa está o texto do ex-primeiro-ministro que serve de prefácio a um livro de Eurico Brilhante Dias. Costa escreve que “a ocasião fez a decisão” de Marcelo interromper a anterior legislatura.

Henrique Raposo lembra os perigos de afirmações deste tipo, apontando para uma sondagem do Expresso que diz que basicamente que um terço dos portugueses gostava de viver em ditadura.

“Um terço dos portugueses quer viver num sistema sem eleições e com um líder forte. Isso é o efeito, a meu ver, do triste espetáculo que as elites políticas e democráticas estão a montar desde novembro, desde a queda do Governo, devido àquela acusação patética de Ministério Público”, atira.

No seu espaço de comentário n’As três da Manhã, Raposo diz que “a democracia está a fazer lembrar a queda da monarquia liberal em 1910”, advertindo que “as democracias caem por dentro”.

“A muralha não é destruída por explosões dos extremos vindas de fora. A muralha é destruída por dentro e está a acontecer em todas as democracias, em muitas democracias ocidentais”, constata.

No nosso português, o comentador entende que estamos “nesta corrosão continuada há anos e anos, por causa dos casos de justiça”.

“A irresponsabilidade do Ministério Público que acusa sem ter provas viu-se desde o início. Neste caso, não tinham provas, tinham só uma acusação moralista sem provas. Depois, quando há provas, há uma lentidão que é uma agonia. No caso de Sócrates há provas, mas ainda nem sequer foi a julgamento”, acrescenta.

Na visão de Raposo, “o que António Costa deve ter dito é: PS e PSD deviam juntar-se para, de uma vez por todas, arrumarmos a casa da justiça”.

“É que, se o PS e o PSD não se juntarem para arrumarem a casa no Ministério Público, nós vamos continuar numa coisa que é sinistra. O Ministério Público, tal como está, é um aliado objetivo do Chega. Eu não sei se os procuradores são objetivamente do Chega, mas a sua ação é organicamente populista e está dentro de um comprimento de onda e de pensamento do Chega populista”, adverte.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Mario Rodrigues
    19 abr, 2024 Leiria 10:52
    Um demagogo sem escrúpulos!... Não apareceram 75.800 euros inexplicáveis na sua residência oficial! Ele não andou meses a provocar o PR para forçar uma demissão, porque se queria ir embora!... Ele não se demitiu! Que desvergonha!...