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Hora da Verdade
Uma parceria entre a Renascença e o jornal “Público”. Entrevistas aos protagonistas da atualidade. Quinta às 23h20.
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Eutanásia? Marcelo sabe o que diz o Papa, mas não diz o que pensa

16 jan, 2021 • Paula Caeiro Varela (Renascença), Leonete Botelho (Público)


Presidente da República reserva posição sobre legalização da eutanásia para quando receber diploma do Parlamento.

Marcelo Rebelo de Sousa, candidato, não diz o que pensa sobre eutanásia porque Marcelo-Presidente vai ter de tomar uma decisão quando lhe chegar a lei que deve ser aprovada na próxima semana no Parlamento.

Confrontado com que o que disse num dos debates televisivos sobre rever-se na doutrina social da Igreja e no Papa Francisco, ainda assim não responde diretamente à pergunta sobre se pensa o mesmo que os Papas sobre este assunto.

O programa Hora da Verdade vai ser emitido este sábado pela Renascença a partir das 12h00, no espaço habitual do Em Nome da Lei.


Temos o Parlamento a prestes a aprovar, a fazer a votação final sobre a eutanásia. Independentemente da formulação da lei que venha a ser aprovada, o que é que o senhor pensa sobre a legalização da eutanásia?
O Presidente da República pronuncia-se sobre um texto concreto. A última versão é que é verdadeiramente aquela sobre a qual se vai pronunciar. E aí, ou se suscita a intervenção do Tribunal Constitucional, ou se exerce o veto que normalmente é chamado político, ou se promulga.

Mas como candidato que afirmou que é da direita social, que se revê na doutrina social da igreja, no Papa Francisco... Partilha da posição do Papa que considera a eutanásia uma derrota?

Eu neste momento tudo o que dissesse era uma antevisão da minha posição, ou condicionava a minha posição sobre a matéria.

Eu conheço o que o Papa diz, conheço o que os papas anteriores disseram, conheço a posição da Igreja Católica e das outras confissões religiosas, conheço a posição de outros sectores.

Não se esqueçam fui grande promotor de um debate que foi o mais longo que houve sobre a matéria, promovido pelo Conselho Nacional de Ética. E, portanto, sempre defendi que isso era muito importante ser objeto de apreciação, de análise, de debate generalizado.

Mas o Presidente pronuncia-se sobre o diploma que há-de chegar às suas mãos, quando chegar às suas mãos.

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  • João Lopes
    16 jan, 2021 Viseu 21:49
    Esconde-se... quer agradar a gregos e a troianos!
  • Ivo Pestana
    16 jan, 2021 Funchal 12:27
    O Presidente nem precisa falar. Como cristão sei o que está escrito, sobre o assunto. Concordemos ou não.
  • Desabafo Assim
    16 jan, 2021 Porto 11:32
    Não tenha medo de dizer o que pensa. Choca-me e deveria chocar a todos, os lobos com peles de ovelhas que apoiam as vítimas que enveredam por este fim. Esses lobos, que se dizem ser mansos, deveriam ser abandonados no campo e comerem erva até ao último dos seus dias. Não tenho castigo algum a quem a pratica, todo esse castigo recai diretamente para quem o proporciona, para a sociedade imediata dessa vítima. Não basta dizer “passa a ser legal” importa sim encontrar as bestas à altura para a pôr em prática. Pois de que serve proibir uma coisa que nunca poderá ser impedida de ser feita? A legalização é para os lobos, os lobos passam a estar protegidos pela lei. O decreto-lei escrito é o vigente, nem aquece nem arrefece, é prática comum, vem contra a judiaria, a falta de misericórdia, a falta de compaixão praticada pelos médicos, nada de novo, o mal vem a seguir, esta lei não passa da introdução ao relativismo. Então porque escrever uma coisa que já é praticada? Porque essa coisa é de uma exigência absoluta, parte está dentro da lei e outra grande parte não tem lei definida. Podemos prolongar a vida desta pessoa em sofrimento no entanto só iremos prolongar esse sofrimento, clara a situação, como se poderá castigar esse médico por não ter “salvo” esta vida naquele momento? Não há forma, essa é a lei vigente. A ser escrita adiciona-se o fator futuro, do imediato até ao absoluto, (todos inevitavelmente irão morrer). Este “pequeno” passo nunca deveria ser dado, já é praticado.