13 mai, 2021 • Eunice Lourenço (Renascença) e Ana Sá Lopes (Público)
No dia em que Cecília Meireles deixar o lugar de deputada, o presidente do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, pode ir para o Parlamento. O atual líder do partido foi o número dois na lista de candidatos pelo Porto, onde o CDS só conseguiu eleger a cabeça de lista. Por agora, a antiga líder parlamentar está focada na comissão de inquérito ao Novo Banco, mas reconhece as pressões para sair.
O que é que sente quando vê o CDS com 1% nas sondagens?
Tenho para mim uma regra: não me desfocar de prioridade. E sempre achei que quando se faz política, sobretudo quando se exerce um cargo de representação, as nossas prioridades têm de ser o que está fora do partido e não o que está dentro do partido. Sobre questões internas e de estratégia interna do CDS só falo nos órgãos próprios do partido. Mas o que é que penso quando vejo 1% nas sondagens? Uma enorme tristeza.
Acha que vai cumprir o seu mandato de deputada até ao fim da legislatura ou sente pressão para dar o lugar ao líder do partido?
Enquanto eu sentir que tenho as condições mínimas para representar o CDS, eu exercerei o meu mandato. Quando sentir que essas condições deixam de estar reunidas, independentemente de pressões, retirarei daí as consequências.
Mas sente a pressão?
Acho que infelizmente o que se passa nos órgãos do partido passa-se na praça pública, portanto, é desnecessário eu estar a qualificar aquilo que acontece.
Quando é que pode achar que não tem condições para continuar a ser deputada?
Nesse dia, eu falarei disso. Até lá, não. Até lá, a minha concentração é máxima e é no que está fora do partido.