27 jan, 2020 • Marta Grosso (texto), Miguel Coelho (entrevista)
Considerando o tema “difícil, pegajoso e cinzento”, Henrique Raposo não tem dúvidas de que “não podemos transformar os piratas informáticos em heróis e na nossa polícia de investigação”.
O alerta chega em reação à confirmação de que o “hacker” português Rui Pinto esteve por trás dos dados recentemente revelados sobre a fortuna da angolana Isabel Dos Santos.
“Vamos ter cuidado”, avisa Henrique Raposo, lembrando que “há piratas informáticos que são criminosos e existe uma indústria que vive disto”.
Jacinto Lucas Pires concorda e defende que “a matéria, quando está cá fora, deve ser investigada pelas entidades competentes”.
No que toca à nova liderança do CDS, eleita no domingo, Lucas Pires vê em Francisco Rodrigues dos Santos “um Monteirismo 0.2”, que veio fazer um “ajuste de contas entre Monteiro e Portas”.
Parece também representar uma reação à liderança de Assunção Cristas, que “era uma espécie de sintoma benigno do partismo”, em que “as ideias iam mudando de acordo com as sondagens”.
Henrique Raposo mostra-se ainda mais crítico e diz que já tem em mente o título de um artigo futuro: “Uma criança matou o CDS”.
O comentador das Três da Manhã não aponta a idade como problema, mas sim a falta de maturidade e a atitude “tribal e agressiva”.