27 mai, 2020 • Inês Braga Sampaio , Miguel Coelho (moderação do debate)
Henrique Raposo mostra-se indignado com o plano de retoma das operações da TAP, que prevê a centralização da maioria dos voos programados para junho e julho em Lisboa.
"Se aceitamos que a TAP é a companhia-bandeira, então este plano não tem qualquer tipo de cabimento. É ofensivo. O Norte é tão ou mais importante do que Lisboa para a economia nacional. São nem quatro milhões de pessoas que produzem a esmagadora maioria das exportações. É a zona do país que está mais interligada com a Europa", assinala o comentador do programa As Três da Manhã.
Henrique Raposo atira que, "se fosse cínico, dizia que foi feito de propósito, para criar polémica e acelerar o processo de nacionalização".
Jacinto Lucas Pires concorda e salienta que a questão, neste processo, "é saber se queremos uma companhia bandeira ou se queremos a tristeza de uma companhia com um trapo rasgado ao meio".
"A TAP não pode querer ser privada para decisões como esta, mas depois ser pública quando quer receber injeções milionárias astronómicas do Estado", atira.
Primeiro-ministro vê-se "obrigado a recordar à Com(...)
Sobre o foco de Covid-19 na zona da Grande Lisboa, nomeadamente na Azambuja, Henrique Raposo pede "calma".
Já Jacinto Lucas Pires chama a atenção para o papel da precariedade social e habitacional na Grande Lisboa na eclosão deste foco e espera que haja ação no sentido de oferecer melhores condições:
"Nem que seja por razões sanitárias, finalmente olhemos para estes bairros e pessoas que precisam de outras condições. É impossível ter distância social quando há várias pessoas num quarto."