01 jul, 2020 • Marta Grosso , Miguel Coelho (moderação do debate)
Jacinto Lucas Pires e Henrique Raposo consideram que, quer a nacionalização quer a manutenção da atual situação da transportadora aérea portuguesa, são “más opções” para o país.
Henrique Raposo diz não estar disposto “a pagar pela TAP” e defende que a solução menos má “é não enterrarmos mais dinheiro” na empresa, até porque “o avião vai deixar de ser tão essencial, quer para os negócios quer para o turismo”.
No entender deste comentador do programa As Três da Manhã, os portugueses já estão “a pagar o Novo Banco, o BPN” e têm “uma carga fiscal que asfixia. Não quero pagar mais buracos financeiros”.
Para sustentar ainda mais a sua posição, Henrique Raposo sublinha que “a TAP só é responsável por 3% do turismo que chega ao aeroporto de Faro”, pelo que o fim da transportadora nacional não significa “o fim do turismo em Portugal”.
Jacinto Lucas Pires concorda que as duas soluções são más, mas considera que a menos má é “uma nacionalização em que o Estado injeta dinheiro, mas depois os contribuintes ficam com uma palavra a dizer sobre que companhia querem para o país”.
“Temos de ser donos do nosso destino também na aviação”, afirma, criticando a opção de “injetar dinheiro para os privados terem lucros, fazendo eles as restruturações que quiserem, em que os custos económicos e sociais serão ainda maiores e, aí sim, em modo Novo Banco”.
"Quando nós estamos a falar da TAP, temos de perce(...)
As críticas de Fernando Medina às autoridades de saúde, nomeadamente Direção-Geral de Saúde, os dois comentadores mostram-se mais afinados.
“É pena que tenha de ser o presidente da Câmara e da Área Metropolitana de Lisboa a pôr a boca no trombone. De facto, as coisas não estão a funcionar. Os diagnósticos não funcionaram”, afirma Jacinto Lucas Pires.
“Parece que o diagnóstico está sempre atrás da doença”, acrescenta.
O coordenador da região de Lisboa e Vale do Tejo p(...)
Henrique Raposo considera que Medina disse que aquilo que António Costa agora não consegue dizer por estar desgastado e “frágil”. E defende a demissão da ministra da Saúde e do seu secretário de Estado. António Lacerda.