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Jacinto Lucas Pires-Henrique Raposo
Um escritor, dramaturgo e cineasta e um “proletário do teclado” e cronista. Discordam profundamente na maior parte dos temas.
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Avante? "Pareceu-me mais seguro do que a feira do livro e as praias" - 07/09/2020

J.Lucas Pires/H. Raposo

Avante? "Pareceu-me mais seguro do que a feira do livro e as praias"

07 set, 2020


Jacinto Lucas Pires e Henrique Raposo concordam no balanço positivo da Festa do Avante!. Os dois comentadores revelam ainda as suas expetativas para a retoma das reuniões do Infarmed.

A Festa do Avante! "pareceu mais segura do que a feira do livro e as praias deste país". A opinião é de Henrique Raposo, que faz um balanço positivo à 44.ª Festa do Avante!, do PCP.

"É um balanço positivo. Pelo que vi da televisão e a falar com pessoas que lá estiveram, pareceu-me mais seguro do que a feira do livro e as praias deste país. Se querem fechar o Avante!, fechem as praias do país", disse o comentador na Renascença.

Raposo encara a festa comunista como uma "boa experiência piloto para retomarmos a vida normal, os eventos com público".

Jacinto Lucas Pires, que comenta no mesmo espaço, concorda e diz que o maior problema esteve na comunicação antes do evento: "O grande problema esteve antes, na comunicação. O Presidente da República fez esse reparo e bem".

Depois do Avante!, os dois comentadores concordam que o PCP está dentro "do jogo da negociação" sobre o próximo Orçamento do Estado.

As reuniões do Infarmed com representantes políticos regressam esta segunda-feira e com uma das partes a ser transmitida ao público. Jacinto Lucas Pires diz a abertura das reuniões é importante para combater a desinformação e o medo.

"Na Europa já se fala de uma segunda vaga. A abertura da reunião é uma boa notícia, porque a comunicação tem sido um problema. O grande remédio é a comunicação. A transparência é uma arma contra o pânico", afirma.

Henrique Raposo espera que as reuniões não se foquem apenas no novo coronavírus, mas também sobre as consequências da pandemia nas outras doenças: "Temos um excesso de mortalidade que não se deve à Covid-19. As pessoas morrem mais devido ao medo e ao confinamento do que devido à Covid-19. Espero que as reuniões não afunilem tudo sobre a pandemia".

Comentários
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  • Sávio Souza
    07 set, 2020 11:33
    Parabéns pelos vossos artigos e pela democratização de todos os vossos programas de rádio! Mantenham-se sempre CRIATIVOS!!! Sou vosso ouvinte há pelo menos 50 anos! Cumprimentos