22 nov, 2021 • Olímpia Mairos
O comentador d’As Três da Manhã começa por afirmar que os portugueses se reveem em relação aos resultados do Relatório sobre o Estado da Democracia.
“Isto é importante porque afeta, de facto, a qualidade da participação cívica, e, portanto, como cidadão na nossa sociedade, por um lado, mas também, por outro lado, tem impactos económicos”, sublinha João Duque.
O relatório diz que a crise sanitária pode ter tido um impacto negativo na democracia portuguesa, mas o certo é que Portugal é o único país da europa ocidental que caiu em três dos parâmetros que medem a qualidade das democracias (a independência judicial, ausência de corrupção e igualdade perante a lei).
João Duque alerta que “a sensação que um cidadão tem de que a lei não é igual para todos, que a justiça não é independente e que há um elevado nível de corrupção afasta naturalmente quem quer fazer negócio dentro de um espaço de lei de igualdade e de livre concorrência”.
Segundo o comentador, ao termos esta classificação, “podemos estar a repelir aqueles que, ou do ponto de vista nacional, sejam mais aventureiros, para se aventurarem no exercício do empreendedorismo, ou para atrair capital estrangeiro, para vir para Portugal e fazer negócio e desenvolver Portugal”.
“Este tipo de indicadores, expressos desta forma, não são simpáticos para a atratividade do capital externo”, assinala João Duque.
O comentador assinala ainda que “a nossa justiça, apesar de tudo, muito lenta e até assimétrica, da forma como decorrem os processos dos chamados ricos versus pobres, tem dado passos significativos e muito importantes”.
“Não é qualquer país que prende um ex-primeiro-ministro ou uma pessoa com o poder que tinha Ricardo Espírito Santo Salgado”, assinala.
Relatório
Relatório mostra que o mundo está a tornar-se mais(...)