14 fev, 2022 • Olímpia Mairos
O comentador d’As Três da Manhã alerta para a possibilidade de uma ciberguerra, caso se concretize uma invasão por parte dos russos à Ucrânia. Um receio que, inclusive, vem espelhado esta segunda-feira num artigo do Financial Time.
João Duque lembra que a Ucrânia acusa a Rússia de, potencialmente, “estar a dar suporte a hackers que têm distribuído malwares (software malicioso) que está latente em muitos computadores espalhados no mundo, que não está ativo, que não se nota, à espera de ser ativado”.
“E se for ativado no dia de abertura de uma guerra ostensiva aberta, temos uma rutura significativa na atividade e na comunicação mundial”, alerta.
Considera ainda que os europeus e os portugueses, em particular, devem estar preocupados com aquilo que pode ser a forma da guerra suportada em cibernauta e ciberataques. “Preparem-se um bocadinho para isso”, aconselha, lembrando que, se o ataque seletivo a semana passada à Vodafone fosse também à Nós e à Meo, “não tínhamos televisão, não tínhamos telemóveis, não tínhamos informação online”.
“Se calhar, ter um rádio em casa ainda a pilhas não só é aconselhado como pode ser o meio para poder eventualmente fazer face a uma necessidade de comunicação”, observa.
O comentador alerta ainda que “com um apagão de comunicação ficamos absolutamente às escuras”.
“É uma questão que me preocupa muito e que eu acho que nós todos, coletivamente, temos de fazer um esforço individual para pensar no que é que pode acontecer de pior para a minha empresa, para a minha organização, e preparar-nos para uma eventual rutura de comunicação”, diz.
Outras das consequências da ofensiva russa, alerta o comentador, passará pelo “disparo imediato no preço da energia, porque muita da energia, em especial o gás, tem origem na Rússia para fornecimento na Europa”.