09 mai, 2022 • Marta Grosso
Portugal não é um país produtor de energia. Produz renováveis, mas não são suficientes para fazer face aos momentos em que não há sol ou vento.
Quem o diz é João Duque, a propósito do documento divulgado nesta segunda-feira pela Pordata, a base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS).
“De facto, nós importamos energia e, apesar de termos um sol, um mar fantástico não tiramos daí a quantidade energia suficiente para utilizarmos”, afirma o comentador d’As Três da Manhã.
Muitas das renováveis “têm um caráter cíclico, como é o caso do sol, e alguma irregularidade, como é o caso do vento. Isto significa que temos de ter sempre outro tipo de energia que sustente aqueles momentos de falhas de sol e vento; alguma fonte de energia que seja poderosa para aguentar este tipo de não produção”.
Daí estarmos dependentes do gás, que neste momento tem um “impacto grande no orçamento familiar”.
João Duque recorda que, “há 20 anos, estávamos na mesma: éramos o país com o gás mais caro para as famílias”. No seu entender, Portugal é “ineficiente também na gestão da energia: temos casas muito frias no inverno e muito quentes no verão. Nunca percebi isso”.