23 abr, 2024 • Sérgio Costa , Olímpia Mairos
O comentador d’As Três da Manhã entende que a proposta “mais exequível é a do Partido Socialista, curiosamente, porque anda muito próximo” da proposta da AD, “tentando divergir aqui ou acolá”.
“É uma proposta de compromisso entre aquilo que é a defesa de uma proposta já concretizada em termos do Orçamento de Estado, que é o orçamento do Partido Socialista, retocando aqui e acolá, sendo um bocadinho mais generoso nos escalões um bocadinho mais baixos e, portanto, mantendo escalões um bocadinho mais acima”, explica.
O economista realça que as outras propostas “são mais ideológicas”.
“O PS tem mais a missão da dificuldade, que é fazer a gestão da casa e, depois, os outros, Bloco de Esquerda e Partido Comunista mais próximos daquilo que são as suas defesas ideológicas”, observa.
Já em relação à proposta do Chega, João Duque assinala que é “um bocadinho mais avantajada, a rasgar e a chamar mais o populismo, a forma fácil de gerir”.
Questionado sobre se não será altura de aliviar também a classe que ganha um pouco mais, o economista considera que “o rendimento do trabalho de uma classe média que suporta o IRS de Portugal, basicamente, devia ser com mais compensado”.
“Um profissional que seja um especialista, que ganhe 5.000 euros por mês, está praticamente no último escalão e eu não acho que um médico especialista seja uma pessoa que tem este rendimento à custa de capitais”, exemplifica.
Mas haverá condições políticas para se alterar e concretizar as propostas, sobretudo do chamado centro político?
João Duque diz que é possível, “até podem retocar aqui e acolá”, mas não acredita que a AD o vá fazer.