30 set, 2021 • Fábio Monteiro , Inês Rocha
Em 2008, a crise do subprime e a publicação do paper que deu origem à bitcoin ocorreram quase em simultâneo. Menos de 30 dias, na verdade, separam estes dois acontecimentos.
Se é errado estabelecer uma correlação, é inegável que a conjuntura – a falência do banco Lehman Brothers – impulsionou a ideia de um sistema financeiro “descentralizado, de confiança e anónimo”.
Neste episódio, o cientista político Edemilson Paraná, autor do livro “Bitcoin: a utopia tecnocrática do dinheiro apolítico”, explica a ideologia liberal que subjaz às criptomoedas.
E o economista João Duque alerta para aquilo que chama de “uma cegueira”: quem vê nas criptomoedas uma forma de acabar com o sistema, não percebe que “acabar com o sistema é ceder, dar o poder financeiro de bandeja a uma entidade anónima, que não conhece de lado nenhum”.
Pedro Pedrosa, Diretor de Operações da Gaia Education, fala de projetos sociais que já utilizam a tecnologia blockchain “para fazer o bem”. Por exemplo: a criação de moedas locais – uma ideia que José Azevedo, do Livre, lançou nas eleições autárquicas de 2017.
Já Ricardo Sousa, CEO da Century 21, explica como a blockchain pode revolucionar o mercado imobiliário, desmaterializando os contratos de compra e venda.
Se não ouviu os primeiros três episódios, pode fazê-lo aqui.
Antes de meter os auscultadores, quer refrescar a memória sobre alguns dos termos mais comuns quando falamos de bitcoin ou blockchain?
Leia aqui nove perguntas e respostas essenciais para compreender a série.